Porto (Portugal): Jornadas libertárias 02 a 11 de outubro

Propôr e apresentar umas Jornadas Libertárias, só pelo que significa cada uma destas palavras, é difícil, porque entre nós e o Outro as palavras alimentam fossos e tecem rupturas. Mas também aproximam e geram cumplicidades. O desafio germinou na periferia do nosso ser e estar durante a primavera de 2015, entre encontros e desencontros, afinidades e des-afinidades, como um corpo a corpo necessário e imprescindível.

As Jornadas Libertárias 2015 que pensámos, desde cedo, como um terreno exploratório, revelam-se uma necessidade e acabam por chegar ao Porto num momento em que são mais precisas: numa altura de oportunismos políticos feitos de aproveitamentos desviantes de várias questões que nos afectam o quotidiano. Este ar pestilento é destilado por uma crise co-produzida pelo capitalismo e pelo estado para perseguir o ciclo de gestão de todos os aspectos das nossas vidas, perpetuando o subterfúgio de uma ordem e organização social submissa, obediente e reprodutora de mecanismos autoritários.

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Sem Mestres, nem Chefes, o Povo Tomou a Rua. Lutas dos Moradores no Pós-25 de Abril

livro_sem_mestres“Sem mestres, nem chefes, o povo tomou a rua…” é a epígrafe do livro de José Hipólito Santos centrado nas lutas dos moradores no pós-25 de Abril, mas o autor não se fica pela documentação e análise detalhada desse aspecto do movimento popular que irrompeu por todo o território nos dias seguintes ao derrube da ditadura. Vai muito mais além, compondo nesta sua última obra um contributo importante para o entendimento do vivido naquele tempo em que Portugal se tornou “um ponto luminoso no mapa mundial”.

Os leitores que não viveram o período revolucionário têm, na leitura deste livro, uma ocasião para acercar-se a facetas da realidade de então, às quais a academia historiográfica não dá habitualmente grande importância, mais inclinada a fazer a história dos partidos e dos seus dirigentes, dos militares, dos grupos económicos, dos donos de Portugal ou dos sindicatos, enfim, daqueles que na verdade andaram a reboque dos acontecimentos. [Read More]

Lisboa: Espaço libertário ameaçado de despejo

Comunicado:

Caros companheiros,

A BOESG (Biblioteca dos Operários e Empregados da Sociedade Geral) é uma antiga biblioteca operária fundada no dia 1 de Janeiro de 1947, localizada na Rua das Janelas Verdes em Lisboa desde 1960. Com o passar dos anos, a BOESG foi acumulando um acervo riquíssimo de cerca de 6 mil livros, quer na área da literatura, quer em muitas outras áreas do saber. [Read More]

Porto (Portugal): Casa Viva – apelo a todas as amigas e a todos os amigos

Por muito que queira contrariar os vícios desta sociedade, a CasaViva ainda não conseguiu escapar às regras do mercado: ou paga contas ou morre. Para que continue a resistir, precisa de guito. Se quiseres ajudar, envia o que puderes para:

NIB 0010 00004694803 000122
IBAN PT50 0010 0000 4694803 0001 22
SWIFT CODE: BBPIPTPL
Banco: BPI

A CasaViva existe há quase sete anos, sempre irreverente, sempre contestatária. A cozinha comunitária, a horta, a biblioteca, o círculo de estudos artísticos, a cicloficina, a rádio, os concertos, a loja livre, o Pica-Miolos, os Ritmos de Resistência são projectos que aqui vivem, além de muitas outras iniciativas. Tudo sempre (quase) sem dinheiro, mas com a ajuda de muitxs amigxs!

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Lisboa (Portugal): Crónica do protesto anti-autoritário, solidário com as Ocupas de Grecia, NO TAV e ZAD

No sábado, 26 de Janeiro, entre as 14h 30 e as 18h, foi levado a cabo em Lisboa, um protesto anti-autoritário contra o capitalismo, fascismo e repressão, de solidariedade com os compas na Grécia e em todo o mundo e pela defesa dos espaços libertados. Em particular, no seu comunicado, abordavam-se o ataque frontal do Estado grego contra o movimento anti-autoritário, a repressão política dos activistas contra o TAV (Itália) e da ZAD (Zona A Defender, contra o novo aeroporto dos arredores de Nantes), a repressão dos movimentos indígenas, as repressões violentas de manifestações massivas por toda a Europa (caso da greve geral 14N) e o ataque policial a estudantes do ensino básico com gás lacrimogéneo, dentro de uma escola em Braga (Portugal). Uma chamada à luta, sem fronteiras.

Cerca de 1000 comunicados foram distribuídos à população e na manifestação de cerca de 30 000 professores. O desfile, com bandeiras negras e faixas terminou no Largo Camões cerca das 17h, onde se mantiveram concentrados por mais de uma hora, com a presença de compas solidários de várias partes do país, com distribuição de comunicados e informação à população. Um bom prenúncio para um Fevereiro Negro. [Read More]

Portugal: Meia centena no Porto contra o despejo da okupa de S. Lázaro

Polícia resolveu abordar pessoal já só restavam meia dúzia

Enquanto em Lisboa a polícia de intervenção perseguia, cercava, identificava e revistava 50 das 200 pessoas que ao fim da tarde de ontem se manifestavam contra o despejo da okupa de S. Lázaro ocorrido pela manhã; no Porto, idêntica manifestação em frente ao edifício da câmara municipal aconteceu sem interferências. A registar apenas o caricato incidente final dos agentes de autoridade se aproximarem a perguntar pelo “organizador” e a querer a identificação de uma pessoa, para fazer registo da ocorrência não solicitada. Restavam no local meia dúzia de pessoas, eram já nove da noite. Ninguém se intimidou, ninguém foi identificado. [Read More]

Portugal: ISTO NÃO É UMA OKUPA – é uma discussão sobre planeamento urbano

O que têm de diferente a Es.Co.La da Fontinha, no Porto, ou a casa de S. Lázaro, em Lisboa, dos restantes movimentos de ocupação? Porque é que, de uma casa para a outra, estes movimentos ganham poder no espaço público mediatizado, levando a discussão para além da questão da propriedade privada? As explicações podem tecer-se com diversos motivos, mas há um que parece não levantar dúvidas: perante um estado social falido que não consegue garantir nem os direitos cidadãos nem a preservação do seu próprio património, há que pôr mãos à obra e criar alternativas, negando o papel de «vítima da crise» e provocando autonomamente novas possibilidades de desenvolvimento pessoal, social, cultural e económico. [Read More]

Porto (Portugal): Atualizacões sobre o caso do Es.Col.A

Após uma brutal desocupação na passada 5ª feira, 19 de Abril – tendo sido detidas três pessoas de forma violenta e uma delas recebido tratamento hospitalar – em assembleia popular foi decidido reocupar o Es.col.A no dia 25 de Abril o que viria a acontecer por mais de mil apoiantes que não se deixaram intimidar pelo forte contigente policial. No entanto, na manhã de 26 de Abril, muito cedo, o Es.col.A  foi invadido sem resistência, pois ninguém lá se encontrava, por dezenas de funcionários municipais que destruíram todo o material ainda existente, desligaram água e luz e procederam ao emparedamento de diversas janelas e entradas. Também telhas e material sanitário foram arrancados e destruídos. A assembleia popular realizada nessa mesma tarde resolveu não reocupar o Es.col.A  por agora e continuar as actividades culturais no largo da Fontinha. Mas o espírito okupa e de solidariedade para com o Es.col.A manifestaram-se já em Lisboa e em Coimbra, cidades onde aconteceram duas ocupações a 25 de Abril. [Read More]

Porto (Portugal): O espaço Es.col.A foi desalojado

Na manhã de 5ª feira, 19 de Abril, cerca das 10h, massivas forças policiais tomaram de assalto o Espaço Colectivo Autogestionado do Alto da Fontinha, no bairro do Alto da Fontinha, no Porto. A bófia, armada até aos dentes e encapuçados invadiram o pátio da antiga escola primária, enquanto vários agentes e mais de dez carrinhas da polícia e outros tantos carros da PSP cercavam o bairro. [Read More]

Porto (Portugal): Projecto Es.Col.A brutalmente despejado pela polícia

O projecto Es.Col.A, Espaço Colectivo Autogestionado do Alto da Fontinha, no Porto, foi esta manhã brutalmente despejado pela polícia. A polícia encapuçada arrombou o gradeamento, derrubou o mastro e entrou na antiga escola primária. O bairro foi cercado pela polícia, com pelo menos 10 carrinhas policiais e outros tantos carros da PSP.

Com forte aparato policial e elevado apoio da população local, há relatos de várias agressões por parte da polícia aos resistentes pacíficos, dentro e fora do edifício. Há pelo menos uma pessoa ferida e duas detidas.

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