No dia 13 de novembro de 2017 estudantes da UFF (Universidade Federal Fluminense) ocuparam a Casa do Estudante Fluminense, na rua professor Hernani Melo, em Niterói. Os estudantes fazem questão de se identificarem como independentes (sem ligação com partidos ou entidades partidárias). A ocupação acontece após um ano de deliberação e organização sobre a insuficiência de moradia estudantil na universidade.
Atualmente a UFF tem em torno de 10 mil alunos cotistas, matriculados em cursos presenciais, sendo 2 mil oriundos de cota social (baixa renda). Entretanto são oferecidas apenas 314 vagas de moradia estudantil no Campus Gragoatá, o maior da universidade e 48 no de Rio das Ostras. A situação é ainda pior pois a universidade não abre edital para todas as vagas.
Niterói é uma cidade com alto custo de vida, a alta no aluguel e o preço das passagens intermunicipais dificultam ainda mais a permanência dos estudantes de baixa renda, contribuindo assim para o aumento da evasão na universidade.
“A maioria dos alunos cotistas da minha turma saíram dos cursos nesse período” disse um estudante. Nesse cenário, os estudantes consideram fundamental o aumento de vagas de moradia estudantil, para garantir a permanência desses alunos.
Os estudantes acreditam que a Casa do Estudante Fluminense pode acrescentar em torno de 60 novas vagas de moradia estudantil e mantém a ocupação com esse objetivo.
Essa reportagem é feita em colaboração entre os coletivos, Fotoguerrilha e Mariachi.
Texto e Imagens: Vinícius Ribeiro
Colaborou: Alan Fernandes
Texto publicado na página do coletivo Mariachi.