Lisboa: companheira despejadas ontem no Braço de Prata

Jantar Benefit Okupa Braço de Prata, Disgraça, Rua da Penha de França 217 B, Lisboa.

Ontem dia 23 de fevererio mais uma casa abandonada à que um grupo de pessoas tinha devolto à vida foi despejada sem ordem do tribunal. Os supostos proprietários do prédio, situado no Braço de Prata e que se encontrava abandonado e em processo de degradação, apareceram por volta das 5pm com a polícia ao perceber que havia pessoas a morar ali. Depois duma tentativa falida de negociação com a propriedade, uma pessoa que se encontrava no local saiu ao exterior para passar uma ligação dum advogado a um agente da polícia. Os agentes identificaram esta pessoa e não devolveram o passaporte. A conversa sobre a devolução do passaporte acabou com a detenção de esta companheira, momento em que os agentes da polícia e os donos foram embora para a esquadra n. 14 de Chelas. Uma vez lá, os companheiros que foram apoiar não obtiveram informações sobre de que era acusada a companheira ou quando poderia ser libertada. Ao serem perguntados sobre a necessidade de apresentar uma ordem de despejos, os agentes disseram que ocupar é um delito e não é necessária ordem do tribunal. [Read More]

Atenas: Zizania, novo centro social ocupado

Bem vinda à Zizania, centro social ocupado em Victoria, na Fylis e Feron. Que seja um espaço da vizinhança para auto-organização, intervenções sociais, resistência coletiva e construção comunitária. Vamos nos encontrar nesse espaço para compartilhar pensamentos, comida, café, roupas e o que mais a gente possa imaginar. Para trocas livres e cortes de cabelo gratuitos, para exibições, para aprender e ler, para oficinas e encontros/reuniões/assembleias. Vamos celebrar esse espaço como um passo na direção de mais espaços públicos, vamos fazer o melhor dessa oportunidade, já que somos quem molda e assume nossas lutas e não devemos depender nem de outras pessoas, nem de instituições, nem de melhores condições para fazer isso.

Com a Zizania nós miramos em primeiro lugar criar um espaço de respiro do racismo, sexismo, capitalismo e violência do estado e da sociedade. Nós vislumbramos um espaço de interação e troca entre pessoas de diferentes histórias, origens, identidades e idades, que falem línguas diferentes e tenham opiniões diferentes. Essas são condições que nós devemos criar e concretizar juntas, através de encontros, fortalecendo as relações dentro e entre nossas comunidades e conectando nossas lutas. Por muito tempo nós estivemos apenas sonhando sobre alguma coisa assim – com certeza não éramos as únicas pessoas – e agora queremos agir. Nesse espírito, te convidamos a trazer suas questões, ideias, iniciativas, e lutas para discutir como podemos construir esse espaço juntas. [Read More]

Amsterdã: relatório da ação de ocupação do dia 8 de março


Hoje, em homenagem ao dia 8 de março, nós do Grupo Anarcha-Feminista de Amsterdã, organizamos uma ação de ocupação acompanhada de uma manifestação. Por questões de segurança, ela foi organizada silenciosamente, com chamadas sendo compartilhadas em canais privados. Apesar disso, mais de 60 camaradas vieram apoiar nossa ação! 3 faixas (“Liberdade para a vida da mulher”, “Trabalho sexual é trabalho”, “Destrua o patriarcado, lute contra o capitalismo, destrua o estado”) foram lançadas acompanhadas de sinalizadores das janelas do prédio ocupado. A polícia esteve presente, mas ninguém foi preso.

Nossa declaração política:

Somos informados de que não há casas suficientes para todos, que não há espaços suficientes para os refugiados e imigrantes que vêm para cá, fugindo das guerras imperialistas e das economias destruídas pelo (neo) colonialismo. É inaceitável que a mídia culpe a imigração pelo fato de que todos parecemos lutar para encontrar um lar. Este é um exemplo de imigrantes e refugiados sendo usados como bode expiatório.
Não há problema de falta de espaço, não há “crise habitacional”, o único problema é a distribuição desigual da riqueza. O problema é o capitalismo.
Estamos sendo empurrados para fora de nossa cidade pelo aumento dos preços dos aluguéis e pela gentrificação. As habitações sociais estão sendo vendidas de forma privada e a falta de moradias populares significa que a classe trabalhadora é forçada a deixar a cidade. Mesmo pessoas com profissões essenciais, como professores, assistentes de saúde e assistentes sociais são forçadas a se mudar. As pessoas lutam para pagar seus aluguéis, enquanto os especuladores têm liberdade para fazer o que quiserem. Alguns investidores privados têm centenas de casas, por exemplo, o príncipe Bernhard tem mais de 600 casas, e o proprietário deste edifício, Anthonie Mans, possui mais de 100 outras propriedades na Holanda. As listas de espera para a habitação social são ridículas e podem levar de 8 a 14 anos para as pessoas conseguirem uma vaga. Mas, para cada morador de rua, estima-se que haja 750m² de espaço vazio em Amsterdã. [Read More]

Porto Alegre (RS-Brasil): Nasce a Okupa Pandemia!

Em tempos de doença global e o vírus da obediência se espalhando, irrompe no extremo sul de POA [Porto Alegre] um foco de resistência: a Okupa Pandemia. Estamos há pouco mais de duas semanas okupando uma lancheria abandonada desde 2007 (ao que se sabe), na orla do Guaíba, no bairro Lami.
Movidxs pela necessidade imediata de moradia e pela gana de afrontar o sistema que intensifica cada vez mais seu controle e repressão de maneira astuta e sutil – ou nem tanto -, decidimos levar adiante essa movida mesmo com poucas pessoas dispostas a morar no imóvel… Conscientes das dificuldades que isto implica, temos contado com o apoio de individualidades desde a entrada no local, mas que não conseguem estar presentes fisicamente todo o tempo.
A chegada no local (domingo, 25 de Maio 2020) foi tranquila, dada as condições de fácil acesso e sem empecilhos. Não havia portões, grades, correntes, cadeados etc.!!!
Após quase três dias de aparente desinteresse na propriedade, surgiu o proprietário acompanhado de um capanga se dizendo sargento (quarta, 27)… Na primeira abordagem deram a imagem de que eram compradores e já estavam negociando o imóvel, dando um ultimato para sairmos. Porém, ficamos.
Em seguida voltaram em seus verdadeiros personagens sociais, tentando nos intimidar e ameaçar e, dada a recusa de sair, chamando o aparato repressivo do Estado. Chegaram os gambé, com sangue nos olhos e a vontade típica de quebrar algo ou alguém. Com a intervenção de duas vizinhas, conseguimos evitar uma retirada a pau e nos foi dado um prazo de uma semana para sairmos. Com o primeiro confronto vencido, continuamos na Okupa. [Read More]

Berlim: “Ocuparemos…

…até que não tenhamos que fazê-lo mais”, costumávamos escrever. Geralmente ocupamos casas em Berlim, muitas foram evacuadas de novo. Mas agora a situação é diferente. Em tempos de “crise”, esta frase pode estender-se a um chamado: “Tens que se unir – em toda Europa!”

O Covid-19 está se estendendo por mais e mais áreas do mundo e resulta que o assim chamado estado de catástrofe é a regra. Porque ali, onde as pessoas são chamadas pelo supostamente necessário e estrito estado paterno: “Fique em casa”, nem todo mundo tem casa. Como se isso não fosse suficiente, o próprio estado aumentou o número de pessoas sem lar, desalojando-as. Ao mesmo tempo está fechando os alojamentos precários, que os desamparados necessitam para um pouco de pão, água e sabão. Em sua dupla moral, nos exorta patriarcalmente: “Cuidado com a higiene!”

“Evitar o contato social!” é o que os governos nos pedem que façamos. Mas, para onde deveriam retirar-se os refugiados quando estão apinhados em campos e prisões de deportação nas fronteiras exteriores da Europa e na periferia alemã? Ao lado de tirar-lhes seus direitos humanos – como o asilo, a liberdade de movimento e a moradia – também ficaram privados da possibilidade de proteger-se eficazmente contra o Covid-19. [Read More]

Belo Horizonte (Brasil): Natal Sem Compras na Kasa Invisível

Ano após ano, o Mercado, essa “entidade” tão glorificada, se alegra com a chegada de sua principal festa de consumo. O Natal. A maior parte da população, cada vez mais precarizada, é carregada por uma maré de propagandas, ofertas e preços parcelados em 200x sem juros.

Enquanto isso, vemos diante de nossos olhos, mais e mais gente sendo empurrada a viver nas ruas da cidade. Cresce o numero de pessoas desempregadas e em relações de trabalho cada vez mais precarias. Quem é rico, cada vez mais rico. Quem é pobre, cada vez mais pobre.

Ressoando a movida internacional por um Natal Sem Compras, o Coletivo Kasa Invisível convida a todos e todas da cidade, das comunidades, coletivos, movimentos, vizinhança, quilombos e favelas para um encontro solidário, de partilha e troca em nossa kasinha. Lembrando que o apoio mútuo, a solidariedade devem ser exercitados todo o ano, e não só em dezembro.

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Atenas: da teoria à prática – uma resposta inicial – 15 prédios liberados

Todo o mecanismo estatal do governo Mitsotakis, liderado por suas forças repressivas, se opõe a qualquer coisa que desafie suas imposições de normalidade. Ele usa a doutrina da “lei e ordem” e a retórica de tolerância zero como um véu para encobrir e tirar a atenção de suas intermináveis inconsistências. Alimenta seus constituintes com a retórica de nação, segurança, legitimidade e desenvolvimento, adotando modelos de polarização e paradigmas de épocas passadas. O objetivo é claro: a tentativa de erradicação das estruturas de luta e a destruição do movimento revolucionário, que se opõe a seus planos de desenvolvimento e a qualquer modelo da chamada gentrificação urbana.

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Pelotas (RS – Brasil): dez anos da Okupa 171

Há 10 anos atrás foi okupada esta kasa! E ao longo de todos estes anos, muitas koisas aconteceram, muita gente ja passou…Muita resistência, muita autonômia….Aprendemos e trokamos todxs xs dias, experimentando outras formas de viver, livres dos valores do sistema capital que domina e em busca por rupturas….Não temos receitas prontas para Anarkia, a construção e diaria e coletiva… entre erros e acertos, nos fortalecendo com as experências…
Estamos em konflito permanente kontra toda opressão..

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Eunápolis (BA-Brasil): Camponeses se revoltam contra seguranças de latifundio

Seis carros incendiados e um “segurança” ferido; criminalização dos camponeses sem terra que se defenderam de modo legítimo; inquérito policial e ampliação do latifúndio. Esse foi o resultado de um ataque de “vigilantes patrimoniais” a um grupo de pequenos agricultores despejado da Fazenda Esperança e Mutum, no distrito de Barrolândia, zona rural de Belmonte, no extremo Sul baiano.

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Belo Horizonte (Brasil) : Dez anos de ocupações urbanas!

Dez anos atrás, um terreno não construído foi ocupado por centenas de famílias no bairro Céu Azul, criando a ocupação Dandara, uma das maiores ocupações urbanas organizadas do país. Esta ação ocorria pouco tempo após a ocupação de outros terrenos no Barreiro – criando as comunidades Camilo Torres e Irmã Dorothy – primeiros passos de uma série de ocupações de terras urbanas nesta região da cidade.

Tais episódios marcaram o início de um ciclo de retomada do território urbano em Belo Horizonte com diversas formas e estratégias:  ocupações de terrenos urbanos na periferia resultando em bairro autoconstruídos e autogestionados – do Barreiro à Pampulha e de Contagem à Santa Luzia, ocupações de prédios na região central na luta por moradia – da ocupação Zezeu Ribeiro/Norma Lucia à Ocupa Vicentão ou ainda ocupações de edifícios para criar centros sociais e culturais autogeridos – do Espaço Comum Luiz Estrela à ocupa feminista Tina Martins passando pela libertária Kasa Invisível – sem esquecer dos recentes acampamentos de sem-terra em São Joaquim de Bicas ou da retomada de terra indígena Naô-Xoan, também na Região Metropolitana de BH…

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