Lisboa: companheira despejadas ontem no Braço de Prata

Jantar Benefit Okupa Braço de Prata, Disgraça, Rua da Penha de França 217 B, Lisboa.

Ontem dia 23 de fevererio mais uma casa abandonada à que um grupo de pessoas tinha devolto à vida foi despejada sem ordem do tribunal. Os supostos proprietários do prédio, situado no Braço de Prata e que se encontrava abandonado e em processo de degradação, apareceram por volta das 5pm com a polícia ao perceber que havia pessoas a morar ali. Depois duma tentativa falida de negociação com a propriedade, uma pessoa que se encontrava no local saiu ao exterior para passar uma ligação dum advogado a um agente da polícia. Os agentes identificaram esta pessoa e não devolveram o passaporte. A conversa sobre a devolução do passaporte acabou com a detenção de esta companheira, momento em que os agentes da polícia e os donos foram embora para a esquadra n. 14 de Chelas. Uma vez lá, os companheiros que foram apoiar não obtiveram informações sobre de que era acusada a companheira ou quando poderia ser libertada. Ao serem perguntados sobre a necessidade de apresentar uma ordem de despejos, os agentes disseram que ocupar é um delito e não é necessária ordem do tribunal. [Read More]

Atenas: Koukaki sente o peso sobre si

Desde 2017, a Koukaki Squat Community (composta pelas ocupações Matrozou 45, Panaitoliou 21 e Arvali 3) estabeleceu um exemplo de vida comunal diferente e relevante no centro de Atenas. Projetos abertos de habitação comunitária, banheiro público e lavanderia, compartilhamento de roupas, espaços para eventos públicos e uma biblioteca multilíngue foram formados através de procedimentos horizontais, trabalho coletivo e persistência. Funcionando em uma vizinhança residencial que vem sendo transformada em resort turístico de primeira-classe, a Koukaki Squat Community formou um aterro contra as políticas repressivas e econômicas do Estado e dos patrões, contra o fascismo, o racismo, e o patriarcado. Uma lareira viva de resistência que apoiou e conectou ativamente outros esforços, projetos políticos e assembleias públicas [1].

Uma comunidade como esta, de igualdade e solidariedade, não poderia deixar de ser noticiada. Como muitas outras ocupações e projetos políticos em Atenas, as ocupações em Koukaki foram visadas várias vezes pelo Estado, tanto pelos governos do Syriza [esquerda] como do Nea Dimokratia [direita], e também por ataques fascistas [2]. Os camaradas enfrentaram evacuações e repressão, mas resistiram e defenderam sua comunidade retomando as casas e fazendo intervenções dinâmicas. [Read More]

Atenas: anarquistas reagem ao despejo da okupa Kouvelou

O governo grego entrou em guerra com anarquistas e antiautoritários, após o fim de um ultimato de 15 dias emitido pelo Ministro da “Ordem Pública”, direcionado às dezenas de okupações políticas e de refugiados por toda a Grécia (algumas delas com mais de 10 anos), ameaçando-as com despejos violentos pela tropa de choque e forças especiais da polícia, se eles não abandonassem os locais dentro do prazo. O prazo acabou na noite de quinta-feira, 5 de dezembro de 2019, uma decisão política pelo Estado grego com o objetivo de agitar e criar uma “atmosfera explosiva”.

Após a primeira onda de ataques e despejos, principalmente contra okupas de refugiados durante o outono, a segunda onda de ataques começou, desta vez contra okupas políticos e centros sociais. Coincidindo com a prisão de antifascistas e a proposta judicial de absolvição de líderes neonazis no julgamento do partido fascista Aurora Dourada, o governo grego de direita e o seu autoproclamado socialista Ministro da “Ordem Pública” prosseguiram com o despejo da Villa Kouvelou em Marousi, Atenas, na terça-feira, 17 de dezembro, enquanto outras três okupas foram despejadas hoje, 18 de dezembro, em Koukaki (Matrozou 45, Panaitoliou 21, Arvali 3), após uma operação policial enorme, que aterrorizou todo o bairro com a brutalidade policial, atacando pessoas que vivem em casas adjacentes que não eram okupas. Imagens brutais de policiais da SWAT grega pisando com as botas na cabeça das pessoas no chão e uma mãe amarrada no chão do terraço com um capuz na cabeça, lembrando imagens da tortura de Abu Ghraib, foram divulgadas na mídia. [Read More]

Grécia: Repressão, polícia grega desaloja quatro espaços ocupados por migrantes em Exarcheia

Mais de 100 pessoas, em sua maioria migrantes, foram detidas no início da manhã desta segunda-feira (26/08) em espaços ocupados, como parte de uma grande operação policial no bairro de Exarcheia, em Atenas.
Várias dezenas de agentes despejaram pelo menos quatro casas ocupadas de refugiados e migrantes neste bairro anarquista da capital grega.
O novo governo direitista de Kyriakos Mitsotakis prometeu “colocar em ordem” Exarcheia, enviando à polícia ao bairro.
Este bairro no coração de Atenas é palco de inúmeros projetos anarquistas e de frequente confrontos entre grupos anarquistas e agentes da lei, particularmente após a morte do jovem anarquista Alexis Grigoropoulos nas mãos de um policial em 2008, o que levou a vários dias de tumultos.
No final de julho passado, o oficial condenado pela morte de Alexis foi libertado após uma redução de pena.
O novo prefeito de Atenas, Costas Bakoyannis, que tomou posse neste domingo (25/08), também prometeu fazer da segurança seu principal objetivo, acusando o governo anterior de “tolerância” contra o vandalismo de certos grupos anarquistas.
A solidariedade é nossa arma. Não passarão! [Read More]

Porto Alegre (RS-Brasil): Quando a anarquia incomoda. Comunicado da Biblioteca Kaos diante da perseguição contra anarquistas

Há muitas coisas para falar, mas iremos pelo mais urgente. O 25 de outubro começou uma perseguição anti-anarquista contra a FAG [Federação Anarquista Gaúcha], o Parhesia, a ocupação Pandorga e algumas individualidades que tiveram espaços e moradias invadidas pela polícia. Se não toda, provavelmente uma boa parte da diversidade anarquista foi atingida e várixs deles se pronunciaram desde suas concordâncias, com firmeza, diante da repressão. E isso é vento fresco que fortalece a todo aquele que se sinta em sedição.

Fica evidente que a mira dos agentes da repressão também aponta contra nós, contra as publicações que fizemos ou nas quais participamos. E é sobre isso que vamos a nos pronunciar. A cronologia da Confrontação Anárquica, tanto aquela que recolhe informação desde o 2000 até o 2015, quanto aquela que recolhe o acionar anárquico do 2016, são os livros que estão exibindo como “provas” de vandalismo, ataques, e atos criminosos. Dentre as múltiplas formas de procurar a liberdade que tem o anarquismo, esses livros falam da informalidade anárquica como um opção de acordo com o rosto da dominação atual. Ainda mais, esclarecemos que estes livros falam de ações que não são anarquistas só. O foco dos livros é a difusão de ações anárquicas. Para ser mais precisos, se difundem ações nas quais nós sentimos o aroma da anarquia. E entre o anarquismo e a anarquia há diferenças que podem ser delicadas mas que são importantes. [Read More]

Porto Alegre (RS-Brasil): Operação policial invade Ocupação Pandorga e diversos espaços libertários

Nesta quarta-feira, dia 25 de outubro, espaços libertários ou ligados a grupos anarquistas de Porto Alegre, Novo Hamburgo e Viamão foram invadidos pela polícia e alvos de buscas e apreensões. Diversos materiais, incluindo faixas, livros, zines e computadores foram apreendidos enquanto 32 pessoas estão sendo investigadas acusadas de “tentativas de homicídio, uso de explosivo e formação de quadrilha” por estarem supostamente vinculadas à ataques realizados nos últimos anos contra viaturas e delegacias de polícia, bancos, edifícios ligados ao exército e sedes de partidos. Trata-se de mais uma tentativa, orquestrada pelos investigadores da polícia civil, de criminalizar e reprimir movimentos populares e autônomos.

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Porto Alegre (RS): Polícia invade residências e espaços de anarquistas na véspera da Feira do Livro Anarquista

A polícia civil gaúcha cumpriu na manhã desta quarta-feira (25 de outubro) diversos mandados de busca em residências e espaços coletivos na região metropolitana de Porto Alegre (RS) para coletar materiais para investigação. A polícia afirma que os endereços estão vinculados a um grupo que teria realizado ataques a viaturas, sedes de partidos políticos, delegacias, bancos e concessionárias de veículos. A ação foi truculenta e os policiais agrediram as pessoas que residem nesses espaços e levaram algumas delas para a delegacia.

Foram ao todo 10 mandados de busca e apreensão, onde foi apreendido material anarquista (cartazes, livros, faixas, etc.), máscaras de fantasia, latas de spray e outros objetos comuns, inclusive garrafas de plástico cheias de saco plástico, que a polícia relatou serem coquetéis molotov. Nem mesmo policiais são tão ignorantes a ponto de achar que pode-se fazer coquetéis molotov com garrafas plásticas e sem um líquido inflamável. De fato essas garrafas seriam utilizadas como tijolos ecológicos para bioconstruções. [Read More]

Itália: Notícias de Florença

No dia 1 de Janeiro de 2017, após a explosão de uma bomba artesanal junto a uma livraria fascista – na qual um polícia do esquadrão anti-bomba perdeu uma mão e um olho – várias casas de companheirxs foram tomadas de assalto pela polícia e registradas. A polícia esperava encontrar armas de fogo e/ou explosivos. As investigações não levaram a nada, exceptuando a apreensão de panfletos, computadores, roupas e outros materiais. Uma investigação contra pessoas desconhecidas foi lançada entretanto – com a intenção de xs acusar das infrações de “fabricação, posse e transporte de um dispositivo explosivo ou incendiário num lugar público” e “tentativa de assassinato”.

A polícia iniciou, entretanto, uma nova operação chamada “Operazione Panico” (Operação Pânico), a 31 de Janeiro. Às 12h30, a polícia bateu à porta das casas de várixs companheirxs, para notificá-los da execução de dez medidas cautelares. Estas consistiam em 3 pessoas confinadas à prisão domiciliar, 4 pessoas receberam uma ordenação, para impedir que saíssem da cidade, obrigando-os a voltar à noite para suas casas e a assinar diariamente na esquadra. E, finalmente, 3 pessoas receberam condições de fiança, mas tendo de assinar na esquadra da polícia, todos os dias. [Read More]

Turim (Itália): La casa è di chi l’abita!

troeppagentesenzacasa2Turim, situada na região de Piemonte, é uma das principais cidades de Itália. Cidade histórica, que já foi capital do reino de Itália, hoje em dia é mais conhecida pela sua grande área industrial graças em grande parte à fábrica da FIAT. Em meados do século XX o grande desenvolvimento industrial da cidade provoca um fluxo migratório vindo do sul. Os bairros populares cresceram pela cidade e com eles, mais tarde, as grandes lutas operárias dos anos 60 e 70. Barriera di Milano e Aurora, por exemplo, são palcos do grande movimento revolucionário que confronta o poder económico em toda a Itália. As acções radicalizadas desde a resistência nas fábricas à ocupação de casas ou à criação de coletivos autónomos deixam hoje uma rica tradição de luta que se perpetua nas ruas e nos centros sociais históricos da cidade. [Read More]

Dortmund (Alemanha): Resumo da Luta em Prol do Centro Social okupado Avanti

Na noite de sexta-feira, ativistas ocuparam a antiga igreja St. Albertus Magnus em Dortmund, que estava sem uso por mais de 7 anos. Apenas alguns minutos após a ocupação o publico em geral já estava ciente e cerca de pessoas chegaram à região e realizarão um encontro em frente à igreja, em solidariedade com o projeto e os okupas. É claro, não demorou muito para que os policiais também chegassem até o local, mas eles não tentaram invadir o prédio somente controlarão as pessoas que estavam fora. No dia seguinte, um sacerdote encarregado dos assuntos da igreja falou com os okupas e afirmou que iria tolerar a ocupação por uma semana. Imediatamente ativistas começaram a formar grupos de trabalho, tentando reformar o prédio para estabelecer um centro social. [Read More]