Localizada há mais de 10 anos na região da Luz, centro de São Paulo, a Ocupação Mauá está na linha de frente do projeto higienista do Prefeito João Dória.
A reintegração de posse da Ocupação está marcada para o dia 22/10, todo apoio é necessário!
Manifesto da Mauá
A ocupação Mauá existe há mais de dez anos na região da Luz. O prédio, um antigo hotel, estava abandonado e fechado acumulando lixo e dívidas de imposto. A dívida de IPTU dos proprietários está hoje em torno de R$ 5 milhões, dinheiro que deixou de ser investido em saúde, educação, habitação ou transporte na cidade.
Desde março de 2007, 237 famílias trabalhadoras e de bem moram nesse lugar dando função social e vida a esse imóvel que estava vazio. Famílias, crianças, gestantes, idosos, pessoas com necessidades especiais que vivem aqui, trabalham, estudam, compram e consomem produtos e serviços na região.
A Mauá realiza diversas atividades: para crianças, escola para jovens e adultos, festas e saraus, gravações de filmes e clipes musicais, realizações de pesquisas acadêmicas.
Em junho de 2017, recebemos uma ordem de reintegração de posse, com até 60 dias para sair. Mas para onde?
Já existe um depósito de mais de R$ 12 milhões para a compra do imóvel e um processo de desapropriação em andamento. Um perito da justiça supervalorizou o imóvel no valor de R$ 25 milhões sendo que os proprietários pediam R$ 18 milhões. Esse perito avaliou esse valor sem sequer entrar no prédio! Esse laudo do perito já foi inclusive reprovado pelo poder público.
Assim, exigimos a suspensão da reintegração de posse, um novo laudo, a desapropriação do imóvel, e exigimos moradia digna com qualidade de vida!
Queremos a reforma desse imóvel para continuar vivendo nele!
A organização e a resistência dos moradores transformaram a Mauá em um dos mais importantes símbolos de resistência à especulação imobiliária da cidade. Continuamos na luta!
Quem não luta tá morto!
#ficamaua #MauáResiste
Assine o Manifesto pela permanência da Ocupação Mauá.
Mais informações no site da ocupação ou na página facebook.
(Publicado originalmente no CMI – Brasil).