Porto (Portugal): Relato do despejo da Travêssa dos Campos

Na manhã do dia 16 de outubro, o espaço ocupado A Travêssa dos Campos foi alvo de uma acção repressiva por parte da autoridade policial.

Chegaram por volta das 7h30 com grande aparato de meios e agentes e preparados para uma entrada rápida e violenta no edifício. Após o arrombamento das portas foi dada a ordem – todos para o chão, caralho! Juntaram todas as pessoas numa sala, duas delas algemadas, e revistaram cada uma delas e os seus pertences. Para além disso, fotografaram e filmaram a operação e toda a gente que resistia no edifício.

A informação chegou cá fora e começou a formar-se um ajuntamento de malta solidária que foi impedida de se aproximar da acção devido ao bloqueio da rua.

Cerca das 9h15 a polícia começa a transportar o pessoal para a esquadra do Heroísmo, em pequenos grupos e diferentes carrinhas. Ao todo foram 21 pessoas, mais uma cadela levada para o canil. Na esquadra, toda a gente foi identificada e novamente revistada. A todos os envolvidos foi aplicado um termo de identidade e residência e passada uma constituição de arguido sem referência a qualquer crime. [Read More]

Porto (Portugal): A nova ocupação A Travessa é despejada

Nesta segunda-feira, dia 16 de outubro, às 07h30 da manhã, a ocupação A Travessa foi despejada pela Polícia de intervenção e pela PSP. 21 pessoas foram detidas e levadas para a Esquadra do Heroísmo. Às 12:47 todxs xs detidxs tinham sido libertadxs da esquadra. Elxs foram constituídxs arguidxs sem lhes ser comunicado qual o crime cometido.

Via guilhotina.info (facebook).

Setúbal (Portugal): A Solidariedade atravêssa tudo

Nota de solidariedade da C.O.S.A (Setúbal) com a ocupação A Travessa (Porto):

C.O.S.A. A TRAVÊSSA, FAZ DAS SUAS…

Força aí companheiros, queremos desde já expressar a nossa solidariedade com as vossas ambições. Estamos juntos. É com esta e outras iniciativas que se ultrapassam barreiras/obstáculos da vida quotidiana. Ao criar algo de raiz feito por nós, sem as estruturas do poder dominantes, vivemos um processo que nos garante outra dinâmica político-social. Encorajamos todes que queiram continuar e desafiamos todes a experimentar estas aventuras subversivas de modo a recuperarmos as nossas vidas!

1 Despejo = 1000 Okupações!!!

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Porto (Portugal): Ocupar o abandono, 2º dia da Travessa

No domingo, quase meia centena de pessoas apareceram para mostrar o seu apoio à Travêssa. Pela manhã, nada melhor do que ter vizinhos a trazer o pequeno-almoço. Para além disso, também ofereceram mobília, utensílios de cozinha, mantas, azeite e outros alimentos, disponibilizaram-se para ajudar e assumiram a sua solidariedade. Começava-se a perceber que as relações iniciadas no dia anterior fortaleciam-se e que a ideia de abrir a escola estava a ser bem recebida.
Ao longo do dia quem chegava ia-se organizando para colaborar nos arranjos, nas limpezas e melhoramentos do edifício, lavando o chão das salas, recolhendo o lixo do jardim ou arranjando fugas de água.
Para o final da tarde estava marcada uma conversa com o tema “Ocupar porquê?”. Depois de arranjar maneira de instalar toda a gente no pátio, surgiram várias considerações sobre a importância de relação com a comunidade local; os efeitos da turistificação da cidade e as formas de combatê-la; a necessidade de divulgar a ideia de ocupação; a criação de redes entre projectos semelhantes; a pertinência de acções sobre problema de habitação na cidade. [Read More]

Porto (Portugal): A Travessa Okupada

Nova Ocupação na cidade do Porto
Travessa dos Campos 170 – Apareçam e partilhem

Decidimos ocupar um espaço abandonado há anos, onde nos possamos auto-gerir, sem hierarquias nem delegações, sem pedir autorização às instituições e sem negociarmos com elas, recusando assim qualquer tipo de autoridade por ser um obstáculo à livre expressão individual e colectiva e às livres relações sociais.

Num momento em que o Porto é devorado por obras faraónicas de limpeza social, é fundamental afirmar que não queremos portuenses elegantes e servis, cuja única função seja fazer parte do menu a ser devorado por imobiliárias, empresas e agências turísticas em ambiente limpo e pitoresco, desprovido de qualquer conflito social. Por isso, resolvemos organizar-nos a partir das contradições que nascem das profundas transformações quotidianas da nossa cidade. [Read More]