Seis carros incendiados e um “segurança” ferido; criminalização dos camponeses sem terra que se defenderam de modo legítimo; inquérito policial e ampliação do latifúndio. Esse foi o resultado de um ataque de “vigilantes patrimoniais” a um grupo de pequenos agricultores despejado da Fazenda Esperança e Mutum, no distrito de Barrolândia, zona rural de Belmonte, no extremo Sul baiano.
Boa Vista do Tupim (BA-Brasil) : Acampamento Mãe terra é despejado
Na manhã dessa terça- feira, dia 11 de junho, cerca de 80 famílias oriundas da reforma agrária que estavam acampadas no acampamento Mãe Terra, localizada no município de Boa Vista do Tupim, na Chapada Diamantina, sofreram despejo.
Anteriormente chamada de Santa Fé, a fazenda foi ocupada em 2011 pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) que, em conjunto com a Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), começaram o processo de compra e venda da fazenda.
Itaberaba (BA-Brasil ) : 120 famílias sem-terra reocupam fazenda
Na madrugada dessa segunda, dia 13 de maio, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) reocupou a fazenda Santa Maria, conhecida como Bom Jardim, localizada na zona rural de Itaberaba na Chapada Diamantina.
Cerca de 120 famílias reocuparam pela sexta vez a fazenda, que outrora tinha sido instrumento do agronegócio na criação de gado e que se encontra desativada. A fazenda vinha sofrendo desmatamento e caça ilegal. Uma queixa foi prestada no IBAMA anos atrás, mas até o presente momento nada foi feito a respeito.
Feira de Santana (BA-Brasil): A ocupação urbana Quilombo Lucas da Feira completa 7 anos
Há 7 anos, em 23 de abril de 2011, cerca de 400 pessoas entre mulheres, homens, idosos e crianças organizadas pelo Movimento Sem Teto da Bahia (MSTB) ocuparam o terreno da antiga fábrica da Alimba, às margens da BR-116 Norte, dando início à ocupação urbana Quilombo Lucas da Feira. São 7 anos de luta, sobrevivência e resistência, entre avanços e recuos, sorrisos e lágrimas, as contradições e alegrias da luta real pela vida do nosso povo. Seguimos em luta e honrado a memória dos nossos mártires: Lucas da Feira, George Américo, Visa e Joquielson seguem vivos em nossa resistência por moradia e vida digna.
Itapetinga (BA-Brasil): Operação policial é realizada após ocupação de 13 fazendas
Uma operação policial foi deflagrada na semana passada, nos dias 2 e 3 de outubro, para desocupar 13 fazendas que tinham sido ocupadas recentemente por índios Pataxó Hã hã hãe e por sem-terra na região de Itapetinga, no sul da Bahia. Duas destas fazendas, as fazendas Esmeralda e Tabajara, pertencem ao ex-ministro Geddel Vieira Lima que foi preso em setembro de 2017 pela polícia Federal acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
Aldeia Cahy (BA-Brasil): Violenta reintegração de posse retira indígenas Pataxó de sua área tradicional
Uma truculenta ação de reintegração de posse ocorrida na aldeia Cahy, localizada na Terra Indígena (TI) Comexatibá, na Bahia, pegou de surpresa 24 famílias do povo Pataxó do extremo Sul da Bahia na manhã desta terça-feira (19). Casas foram destruídas, muitas delas com os pertences dxs indígenas em seu interior, além do posto de saúde e da escola, cujos materiais local foram jogados em uma área a quase um quilômetro da aldeia.
Salvador (Brasil): Centro antigo sangra e resiste
No último dia 02 de outubro, uma ação da Guarda Municipal na Ladeira da Preguiça, no Centro Histórico de Salvador, terminou em confronto enquanto moradores tentavam resistir a derrubada de um muro construído por um morador.
Segundo relatos, oito viaturas da guarda municipal e um carro com agentes da Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) chegaram ao local por volta das 15h30. “Eles desceram dos carros de arma em punho e disseram que iriam derrubar o muro que foi construído por um morador aqui da rua”, contou a dona de casa Eliane Lima. A Sucom pretende que o muro foi construído em área de propriedade da Santa Casa de Misericórdia da Bahia.
Salvador (Brasil): Manifesto contra um PDDU racista e higienista
“Negam que aqui tem preto, negão
Negam que aqui tem preconceito de cor
Negam a negritude, essa negação”
Chico Cesar
Nós, Movimentos Organizados em torno da pauta da afirmação do Direito à Cidade, temos acompanhado, desde agosto de 2014, o processo de elaboração do Plano Salvador 500, de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU e da Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo – LOUOS.
Inicialmente gostaríamos de afirmar que este modelo de planejamento urbano não nos representa, funciona na verdade como uma grande “cortina de fumaça” para desviar o foco do que vem, ao arrepio do planejamento, acontecendo na cidade, sob a tutela de duas falsas prerrogativas: a participação popular e a equidade nos parâmetros de investimento.