No dia 24 de fevereiro de 2020, os Kaingang retomaram parte do seu território ancestral na Floresta Nacional de Canela que encontra-se atualmente sob a posse do ICMbio. Negando seus direitos, a FUNAI deixou de realizar os estudos de reconhecimento da tradicionalidade do território enquanto o IMCbio acionou a justiça para pedir a retirada das famílias kaingang do local. [Read More]
Porto Alegre (RS-Brasil): Da Retomada da Ponta do Arado Velho à Tekoa Yjere… Força e Resistência Mbya Guarani
Enfrentando uma violência cotidiana os Mbya Guarani que retomaram sua terra ancestral na Ponta do Arado seguem resistindo aos ataques dos empresários da fazenda do Arado, todos respaldados pelas instituições estatais!
No mês passado, o processo que até então criminalizava os Guarani e todas as pessoas que os visitavam foi mandado para a justiça federal fazendo então cair as liminares que judicialmente isolavam os Guarani de qualquer forma de solidariedade.
Mesmo assim, é com muita alegria que desde a retomada, em junho do ano passado que os Guarani reabitam a ponta do Arado, devolvendo aos seres da floresta, à agua, às arvores, aos bugios, a alegria. Além disso, várias individualidades e grupos de pessoas solidarias com a retomada se organizaram para fortalecer a comunidade e tornar visível sua luta. Vigílias e visitas na comunidade foram organizadas, vídeos, blogs, textos e programas de rádio realizados e no dia 24 março aconteceu uma jornada solidária na praia de Copacabana que acolheu mais de 150 pessoas. [Read More]
Manaus (Brasil) : Reocupação de terreno após tentativa de remoção
Na zona oeste de Manaus, no bairro Tarumã, a Polícia militar, apoiada pela Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), Força Tática e Cavalaria, iniciou uma operação de remoção contra mais de 600 famílias que ocupam um terreno há mais de três meses. A comunidade, que inclui 14 famílias indígenas, havia ocupado esta área – parcialmente desmatada e devastada pelo garimpo – por necessidade de moradia e com o intuito de preservar as nascentes de igarapés que existem na área. « Nós precisamos de moradia digna e portanto nós precisamos desta terra », afirma Elizete, integrante da comunidade.
Tuntum (MA-Brasil): Terra retomada há um ano atrás pelo povo Krenyê é regularizada pela FUNAI
O povo Krenyê recebeu nesta quarta-feira (27), das mãos do presidente da Fundação nacional do Índio (Funai), Franklimberg de Freitas, a escritura da Fazenda Vão Chapéu, que passa a se chamar Reserva Indígena Krenyê; criada em junho de 2018, contando com 8,35 mil hectares e localizada no município de Tuntum, no Maranhão. Os indígenas aguardaram pelo dia de hoje durante longos 15 anos e, para as lideranças Krenyê, só aconteceu porque houve mobilização do povo e seus aliados, caso da Teia dos Povos e Comunidades Tradicionais.
Há um ano atrás, no dia 23 de fevereiro de 2018, os Krenyê realizaram uma retomada da Fazenda Vão Chapéu para pressionar a Funai a pagar a indenização e entregar a escritura ao povo. “A Funai fez um compromisso e não cumpriu, se a gente tivesse esperando a gente teria morrido. Nós não precisamos de cesta básica. A gente precisa da terra. Esse pensamento de ocupar é porque a gente não suporta mais”, protestou na ocasião o cacique Cwujkaa Krenyê.
Vicente Dutra (RS-Brasil): Semana de mobilização no território Kaingang
Entre os dias 9 e 11 de maio, ocorreu uma jornada de mobilização no território indígena Rio dos Índios do povo Kaingang, perto de Vicente Dutra, no Rio Grande do Sul. Nesta ocasião, os indígenas plantaram quatro mil mudas de araucária em uma área que foi retomada de uma fazenda desde 2016. A araucária é uma árvore da região, atualmente quase desaparecida, e uma das bases da alimentação tradicional do povo Kaingang.
Passo Fundo (RS-Brasil): Famílias Kaingang realizam retomada de terra
Um grupo de famílias Kaingang, reunindo cerca de 60 pessoas, iniciou na manhã de sábado (12) um processo de retomada de uma área localizada entre os municípios de Passo Fundo e Carazinho, no norte do Rio Grande do Sul. As famílias vieram de acampamentos Kaingang instalados na região que vêm sofrendo repetidas ameaças e operações de despejo. No dia 15 de fevereiro deste ano, um grupo de 12 famílias Kaingang foi alvo de uma violenta operação de despejo por parte da Brigada Militar, que resultou em vários feridos por balas de borracha e motivou uma nota de repúdio por parte do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
São Paulo (Brasil): Guaranis ocupam Parque Estadual e desligam antenas para defender suas terras
A partir da madrugada da quarta-feira 13 de setembro, índios guarani ocuparam o Parque Estadual do Jaraguá, na zona noroeste de São Paulo, contra a Portaria 683 do Ministério da Justiça, que prevê anular parte da demarcação da terra indígena (TI) do Jaraguá, também situada na zona norte da capital paulista.
Na sexta-feira, o grupo indígena desligou antenas que transmitem sinais de telefonia celular e televisão do Pico no Jaraguá, ponto mais alto de São Paulo. São três equipamentos de antenas de transmissão. Uma que transmite sinais de celular e TV, e outras duas utilizadas pelo Exército e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Aldeia Cahy (BA-Brasil): Violenta reintegração de posse retira indígenas Pataxó de sua área tradicional
Uma truculenta ação de reintegração de posse ocorrida na aldeia Cahy, localizada na Terra Indígena (TI) Comexatibá, na Bahia, pegou de surpresa 24 famílias do povo Pataxó do extremo Sul da Bahia na manhã desta terça-feira (19). Casas foram destruídas, muitas delas com os pertences dxs indígenas em seu interior, além do posto de saúde e da escola, cujos materiais local foram jogados em uma área a quase um quilômetro da aldeia.
Juti (MS-Brasil): Guarani e Kaiowá ocupam e retomam parte de seu território tradicional.
Na madrugada desta sexta (15), indígenas do povo Guarani e Kaiowá retomaram mais uma parte de seu território tradicional na Terra Indígena (TI) Taquara. A área retomada, sobre a qual está sobreposta uma fazenda, é conhecida pelos indígenas como Lechucha e integra a tekoha – lugar onde se é – Taquara, localizada junto ao município de Juti, no Mato Grosso do Sul (MS). Durante o dia de hoje, indígenas relataram ter recebido ameaças de homens armados em caminhonetes, os chamados “jagunços” ou “pistoleiros”.