Belo Horizonte (Brasil): Erecatú – Mostra independente de cultura e resistência indígena

Essa mostra surge da necessidade urgente de maior conhecimento, conscientização e mobilização da população em relação à opressão que os povos originários (indígenas) têm sofrido. Convidamos que se juntem a nós nessa causa pela terra, vida, justiça, demarcação e liberdade aos povos indígenas.

Geralmente as pessoas não sabem dos reais acontecimentos, vivendo uma ilusão de bem-estar, assistindo alienada a uma mídia parcial e mentirosa, enquanto inúmeros povos tradicionais sofrem ataques em seus territórios, sua dignidade e possibilidade de sobrevivência. Esses povos são invisibilizados pelo Estado e usurpados pelo interesse do grande capital, baseado em uma economia que deseja crescer sem limites, causando enormes impactos sobre diversas comunidades, que tradicionalmente viveram seus conflitos longe do conhecimento da maior parte da população, em situação de esquecimento social.

[Read More]

Porto (Portugal): Jornadas libertárias 02 a 11 de outubro

Propôr e apresentar umas Jornadas Libertárias, só pelo que significa cada uma destas palavras, é difícil, porque entre nós e o Outro as palavras alimentam fossos e tecem rupturas. Mas também aproximam e geram cumplicidades. O desafio germinou na periferia do nosso ser e estar durante a primavera de 2015, entre encontros e desencontros, afinidades e des-afinidades, como um corpo a corpo necessário e imprescindível.

As Jornadas Libertárias 2015 que pensámos, desde cedo, como um terreno exploratório, revelam-se uma necessidade e acabam por chegar ao Porto num momento em que são mais precisas: numa altura de oportunismos políticos feitos de aproveitamentos desviantes de várias questões que nos afectam o quotidiano. Este ar pestilento é destilado por uma crise co-produzida pelo capitalismo e pelo estado para perseguir o ciclo de gestão de todos os aspectos das nossas vidas, perpetuando o subterfúgio de uma ordem e organização social submissa, obediente e reprodutora de mecanismos autoritários.

[Read More]

Salvador (Brasil): Centro antigo sangra e resiste

No último dia 02 de outubro, uma ação da Guarda Municipal na Ladeira da Preguiça, no Centro Histórico de Salvador, terminou em confronto enquanto moradores tentavam resistir a derrubada de um muro construído por um morador.

Segundo relatos, oito viaturas da guarda municipal e um carro com agentes da Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) chegaram ao local por volta das 15h30. “Eles desceram dos carros de arma em punho e disseram que iriam derrubar o muro que foi construído por um morador aqui da rua”, contou a dona de casa Eliane Lima. A Sucom pretende que o muro foi construído em área de propriedade da Santa Casa de Misericórdia da Bahia.

[Read More]

Salvador (Brasil): Manifesto contra um PDDU racista e higienista

“Negam que aqui tem preto, negão
Negam que aqui tem preconceito de cor
Negam a negritude, essa negação”

Chico Cesar

Nós, Movimentos Organizados em torno da pauta da afirmação do Direito à Cidade, temos acompanhado, desde agosto de 2014, o processo de elaboração do Plano Salvador 500, de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU e da Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo – LOUOS.

Inicialmente gostaríamos de afirmar que este modelo de planejamento urbano não nos representa, funciona na verdade como uma grande “cortina de fumaça” para desviar o foco do que vem, ao arrepio do planejamento, acontecendo na cidade, sob a tutela de duas falsas prerrogativas: a participação popular e a equidade nos parâmetros de investimento.

[Read More]

Hamburgo (Alemanha): Semana de agitação e propaganda em solidariedade com os acusados do “Caso Breite Straße”, de 3 a 9 de agosto de 2015

Vamos estilhaçar a lei!

Em 27 de agosto de 2014 uma casa foi okupada na rua Breite em Hamburgo. Quando os policiais chegaram para esvaziar o prédio, eles foram recebidos com uma forte e digna resistência, sendo atacados pelos okupantes com fogos de artifício, tintas, e muitos outros objetos.

A polícia conseguiu entrar na casa, no momento que não havia mais ninguém lá.

Horas mais tarde, seis pessoas foram detidas fora da casa, acusadas de participação em tal ação e ficando em prisão preventiva, conseguindo voltar para as ruas alguns meses depois. [Read More]

Espanha: Xentrificación na Zona Vella de Vigo?

vigo_xentrificaVigo é a cidade máis grande de Galicia, onde a actividade industrial continúa a ser o principal sector económico, aínda que se lle está a dar un importante pulo ao turismo e o comercio. O territorio municipal, bañado ao norte polo Atlántico, estrutúrase en tres grandes coroas. A máis externa, formada polas parroquias máis rurais, unha de transición e unha central formada polos barrios máis urbanos e que concentran a maioría da poboación. Nesta coroa máis interna atópase  a zona vella da cidade, que corresponde, aproximadamente, ao núcleo preexistente que quedou  rodeado polas murallas construídas a mediados do s. XVII para defender a cidade dos saqueos e que foron derrubadas apenas dous séculos despois. [Read More]

França: C.R.E.A. – Abrigo e Poder Popular em Toulouse

crea_toulouseFaz cerca de um ano que o jornal The Guardian divulgou os seguintes números: existem na Europa 11 milhões de casas vazias e 4,1 milhões de pessoas sem abrigo. Lembro-me logo da ocupação de São Lázaro, em Lisboa, ou da Es.Co.La da Fontinha, no Porto, ao longo de 2012. Ambos os espaços tornados públicos por quem deles precisava, vividos durante algum tempo, para depois serem destruídos pelo Estado e pela polícia. A perversidade está à flor da pele: os Estados nada podem fazer quanto à crescente miséria humana, mas não deixarão que as pessoas sigam caminho sozinhas. Para cada pobreza, a respectiva fila de espera.

Mas uma boa notícia: em Toulouse, França, um edifício foi ocupado para alojar pessoas sem abrigo. Foi criado o Collectif pour la Requisition, l’Entraide et L’autogestion – C.R.E.A., que a partir de 2011 garantiu habitação a cerca de quarenta pessoas, entre elas sete famílias e cerca de quinze crianças. Uma outra parte do edifício foi usada para um Centro Social: ali se dinamizaram actividades e espaços abertos a todos, biblioteca, bar e sala de festas, salas de aulas, boxe, alfabetização, apoio escolar, apoio social e jurídico, cozinha ou costura. [Read More]

Toulouse (França): Frente à repressão, a informação é uma arma

Suspeita de ser responsável pela publicação de um artigo na página IAATA.info (site colaborativo e antiautoritário de Toulouse), uma pessoa está sendo perseguida pela Justiça. Por que acreditamos que informar sobre a repressão policial é uma ação legítima e necessária, veiculamos a presente denúncia contra a criminalização e intimidação das mídias independentes.

Em 7 de maio, os jornais anunciaram que um homem toulousano foi acusado de realizar “incitação pública ao delito ou crime”. Ele é considerado suspeito de ser “um administrador” do site IAATA.info. [Read More]

Sem Mestres, nem Chefes, o Povo Tomou a Rua. Lutas dos Moradores no Pós-25 de Abril

livro_sem_mestres“Sem mestres, nem chefes, o povo tomou a rua…” é a epígrafe do livro de José Hipólito Santos centrado nas lutas dos moradores no pós-25 de Abril, mas o autor não se fica pela documentação e análise detalhada desse aspecto do movimento popular que irrompeu por todo o território nos dias seguintes ao derrube da ditadura. Vai muito mais além, compondo nesta sua última obra um contributo importante para o entendimento do vivido naquele tempo em que Portugal se tornou “um ponto luminoso no mapa mundial”.

Os leitores que não viveram o período revolucionário têm, na leitura deste livro, uma ocasião para acercar-se a facetas da realidade de então, às quais a academia historiográfica não dá habitualmente grande importância, mais inclinada a fazer a história dos partidos e dos seus dirigentes, dos militares, dos grupos económicos, dos donos de Portugal ou dos sindicatos, enfim, daqueles que na verdade andaram a reboque dos acontecimentos. [Read More]

Rio de Janeiro (Brasil): “Aqui não existe natal” – Carta de Moa Henry, anarquista vivendo em clandestinidade.

Compartilhamos a carta escrita no natal de 2014 pela militante anarquista Moa Henry, uma das 23 acusadas de suspeita de vandalismo durante a Copa do Mundo. Moa está foragida desde que, após receber liberdade provisória, recebeu um mandato de prisão por estar presente em uma atividade cultural em uma praça pública.

LIBERDADE JÁ!
[Read More]