A Ocupação Vila Soma nasceu em julho de 2012 quando aproximadamente 50 fámilias ocuparam um terreno baldio de 500 mil metros quadrados em Sumaré, a 115 quilômetros de São Paulo. O local estava ocioso há ao menos 20 anos, sendo que parte do terreno pertenceria à empresa Melhoramentos Agrícolas Vifer. Depois de dois meses de ocupação o número de famílias subiu para 300. Atualmente, a estimativa é de aproximadamente 2,5 mil famílias, cerca de 9 mil moradoras e moradores morando na ocupação.
Montevidéu (Uruguai): Comunicado do centro social autônomo La Solidaria com relação a notificação de desalojo recebido em 30 de outubro de 2015
No dia 30 de outubro chegou às portas do centro social autônomo La Solidaria uma notificação de desalojo. Segundo diz a apresentação do mencionado documento – que insta a desalojar o imóvel em um prazo de 15 dias -, a casa onde funciona dito espaço estaria “precariamente” ocupada por um “grupo anarquista”. Esse grupo seria responsável de ter invadido com violência o edifício em questão, de ter ameaçado e atacado aos donos de dito edifício e também da deterioração do edifício e as pragas de roedores na quadra. Os anteriores donos, A Igreja Evangélica Alemã, haviam brindado provas – que constam no informe apresentado junto com a denúncia – de todas estas coisas, mas, não obstante, haviam tolerado a ocupação. No entanto, tudo mudou porque o edifício, ocupado faz 3 anos, havia sido vendido a uma cidadã chilena nacionalizada uruguaia que teria a vontade de seguir os processos judiciais necessários para recuperar o imóvel. O domicílio da nova proprietária que consta na notificação é um escritório do World Trade Center de Montevidéu. [Read More]
Belo Horizonte (Brasil): Erecatú – Mostra independente de cultura e resistência indígena
Essa mostra surge da necessidade urgente de maior conhecimento, conscientização e mobilização da população em relação à opressão que os povos originários (indígenas) têm sofrido. Convidamos que se juntem a nós nessa causa pela terra, vida, justiça, demarcação e liberdade aos povos indígenas.
Geralmente as pessoas não sabem dos reais acontecimentos, vivendo uma ilusão de bem-estar, assistindo alienada a uma mídia parcial e mentirosa, enquanto inúmeros povos tradicionais sofrem ataques em seus territórios, sua dignidade e possibilidade de sobrevivência. Esses povos são invisibilizados pelo Estado e usurpados pelo interesse do grande capital, baseado em uma economia que deseja crescer sem limites, causando enormes impactos sobre diversas comunidades, que tradicionalmente viveram seus conflitos longe do conhecimento da maior parte da população, em situação de esquecimento social.
Porto (Portugal): Jornadas libertárias 02 a 11 de outubro
Propôr e apresentar umas Jornadas Libertárias, só pelo que significa cada uma destas palavras, é difícil, porque entre nós e o Outro as palavras alimentam fossos e tecem rupturas. Mas também aproximam e geram cumplicidades. O desafio germinou na periferia do nosso ser e estar durante a primavera de 2015, entre encontros e desencontros, afinidades e des-afinidades, como um corpo a corpo necessário e imprescindível.
As Jornadas Libertárias 2015 que pensámos, desde cedo, como um terreno exploratório, revelam-se uma necessidade e acabam por chegar ao Porto num momento em que são mais precisas: numa altura de oportunismos políticos feitos de aproveitamentos desviantes de várias questões que nos afectam o quotidiano. Este ar pestilento é destilado por uma crise co-produzida pelo capitalismo e pelo estado para perseguir o ciclo de gestão de todos os aspectos das nossas vidas, perpetuando o subterfúgio de uma ordem e organização social submissa, obediente e reprodutora de mecanismos autoritários.
Salvador (Brasil): Centro antigo sangra e resiste
No último dia 02 de outubro, uma ação da Guarda Municipal na Ladeira da Preguiça, no Centro Histórico de Salvador, terminou em confronto enquanto moradores tentavam resistir a derrubada de um muro construído por um morador.
Segundo relatos, oito viaturas da guarda municipal e um carro com agentes da Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) chegaram ao local por volta das 15h30. “Eles desceram dos carros de arma em punho e disseram que iriam derrubar o muro que foi construído por um morador aqui da rua”, contou a dona de casa Eliane Lima. A Sucom pretende que o muro foi construído em área de propriedade da Santa Casa de Misericórdia da Bahia.
Salvador (Brasil): Manifesto contra um PDDU racista e higienista
“Negam que aqui tem preto, negão
Negam que aqui tem preconceito de cor
Negam a negritude, essa negação”
Chico Cesar
Nós, Movimentos Organizados em torno da pauta da afirmação do Direito à Cidade, temos acompanhado, desde agosto de 2014, o processo de elaboração do Plano Salvador 500, de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU e da Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo – LOUOS.
Inicialmente gostaríamos de afirmar que este modelo de planejamento urbano não nos representa, funciona na verdade como uma grande “cortina de fumaça” para desviar o foco do que vem, ao arrepio do planejamento, acontecendo na cidade, sob a tutela de duas falsas prerrogativas: a participação popular e a equidade nos parâmetros de investimento.
Hamburgo (Alemanha): Semana de agitação e propaganda em solidariedade com os acusados do “Caso Breite Straße”, de 3 a 9 de agosto de 2015
Vamos estilhaçar a lei!
Em 27 de agosto de 2014 uma casa foi okupada na rua Breite em Hamburgo. Quando os policiais chegaram para esvaziar o prédio, eles foram recebidos com uma forte e digna resistência, sendo atacados pelos okupantes com fogos de artifício, tintas, e muitos outros objetos.
A polícia conseguiu entrar na casa, no momento que não havia mais ninguém lá.
Horas mais tarde, seis pessoas foram detidas fora da casa, acusadas de participação em tal ação e ficando em prisão preventiva, conseguindo voltar para as ruas alguns meses depois. [Read More]
Espanha: Xentrificación na Zona Vella de Vigo?
Vigo é a cidade máis grande de Galicia, onde a actividade industrial continúa a ser o principal sector económico, aínda que se lle está a dar un importante pulo ao turismo e o comercio. O territorio municipal, bañado ao norte polo Atlántico, estrutúrase en tres grandes coroas. A máis externa, formada polas parroquias máis rurais, unha de transición e unha central formada polos barrios máis urbanos e que concentran a maioría da poboación. Nesta coroa máis interna atópase a zona vella da cidade, que corresponde, aproximadamente, ao núcleo preexistente que quedou rodeado polas murallas construídas a mediados do s. XVII para defender a cidade dos saqueos e que foron derrubadas apenas dous séculos despois. [Read More]
França: C.R.E.A. – Abrigo e Poder Popular em Toulouse
Faz cerca de um ano que o jornal The Guardian divulgou os seguintes números: existem na Europa 11 milhões de casas vazias e 4,1 milhões de pessoas sem abrigo. Lembro-me logo da ocupação de São Lázaro, em Lisboa, ou da Es.Co.La da Fontinha, no Porto, ao longo de 2012. Ambos os espaços tornados públicos por quem deles precisava, vividos durante algum tempo, para depois serem destruídos pelo Estado e pela polícia. A perversidade está à flor da pele: os Estados nada podem fazer quanto à crescente miséria humana, mas não deixarão que as pessoas sigam caminho sozinhas. Para cada pobreza, a respectiva fila de espera.
Mas uma boa notícia: em Toulouse, França, um edifício foi ocupado para alojar pessoas sem abrigo. Foi criado o Collectif pour la Requisition, l’Entraide et L’autogestion – C.R.E.A., que a partir de 2011 garantiu habitação a cerca de quarenta pessoas, entre elas sete famílias e cerca de quinze crianças. Uma outra parte do edifício foi usada para um Centro Social: ali se dinamizaram actividades e espaços abertos a todos, biblioteca, bar e sala de festas, salas de aulas, boxe, alfabetização, apoio escolar, apoio social e jurídico, cozinha ou costura. [Read More]
Toulouse (França): Frente à repressão, a informação é uma arma
Suspeita de ser responsável pela publicação de um artigo na página IAATA.info (site colaborativo e antiautoritário de Toulouse), uma pessoa está sendo perseguida pela Justiça. Por que acreditamos que informar sobre a repressão policial é uma ação legítima e necessária, veiculamos a presente denúncia contra a criminalização e intimidação das mídias independentes.
Em 7 de maio, os jornais anunciaram que um homem toulousano foi acusado de realizar “incitação pública ao delito ou crime”. Ele é considerado suspeito de ser “um administrador” do site IAATA.info. [Read More]