No último dia 26 de dezembro, cerca de 50 famílias sem terra ocuparam mais uma área na zona da mata mineira . Localizada no município de Tocantins/MG, a fazenda que antigamente só produzia cana de açúcar, hoje vai ganhando uma nova “cara”, à do povo sem terra . A área com 50 Hectares pertence ao governo do estado e deve receber 12 famílias. Os vizinhos são pequenos produtores de hortaliças e frutas, e as novas famílias pretendem seguira linha com produção agroecológica e sem veneno.
Lisboa (Portugal): Comunicado da Assembleia de Ocupação de Lisboa – AOLX
Nos últimos anos, para além da precariedade laboral em que impera a mão-de-obra barata que nos segrega e atomiza, temos vindo a assistir a uma crescente precarização da habitação no centro da cidade, onde se acrescenta à velha questão «se amanhã teremos trabalho e em que condições» a mais recente novidade «se amanhã teremos casa». Tendo em conta que entre 2013 e 2016 houve um aumento médio das rendas em Lisboa na ordem dos 39% que se traduziu numa renda mensal média de 830€ e que o salário médio líquido em Lisboa ronda os 890€, podemos afirmar que estamos perante uma incomportável taxa de esforço de 93%, bastante acima dos cerca de 30% recomendados.
Espanha: Comunicado do CSO Kike Mur
Desde o CSO Kike Mur [Centro Social Okupado] queremos mostrar nossa maneira de ver os fatos que ocorreram durante esta semana após a prisão do companheiro antifascista.
O Kile Mur é um espaço autogerido de maneira assembleária e horizontal, aberto a qualquer pessoa, com base no respeito. Ele serve como ponto de encontro para diversos movimentos sociais. É por isso que a implicação popular foi tão forte.
Em primeiro lugar, queremos agradecer a todos os vizinhos do bairro de Torrero por sua resposta à ameaça fascista que ocorreu no sábado na Praça da Memoria Histórica. Seu apoio e rejeição ao fascismo é uma demonstração de que o CSO é um lugar que é aceito e amado pela vizinhança do bairro. Agradecemos também a todas as pessoas que vieram de diferentes cidades para nos apoiar, e todos aqueles que, embora não pudessem vir, mostraram sua solidariedade à distância.
Mostramos a nossa rejeição ao tratamento recebido desde os meios de comunicação. Neste caso e em outros casos semelhantes, a presunção de inocência é ignorada, a informação é publicada sem contrastar os dados, sem relatório policial e sem informes, evitando qualquer tipo de rigor e ética jornalística. Não é apenas uma pessoa julgada e sentenciada, mas todo um movimento social como o antifascismo e o movimento okupa, dando uma visão totalmente distorcida da realidade. [Read More]
Berlim: Rigaer94. Apelo à resistência
O estado policial faz uso de todas as armas ao seu alcance: segunda-feira, 18 de dezembro, foram publicados cerca de 100 rostos de pessoas que participaram nos eventos de Hamburgo. A campanha do estado finalmente abandonou a máscara dos procedimentos penais e lançou a engrenagem de degradação que deve dobrar toda a resistência. Façamos com que estes incidentes – este ataque generalizado sobre os últimos elementos sociais e resistentes que ainda persistem- não passem em silêncio. Queimar na fogueira esta sociedade de informantes e assassinos – e o fascismo – é um dever que continua por cumprir.
É evidente, para qualquer ser humano razoável, que o episódio de Hamburgo era absolutamente necessário. As mentiras e falsos debates – tanto das autoridades de repressão, do sistema pactuante como dos media de extrema-direita – não conseguiram reescrever a resistência bem sucedida contra o G20. Num dos regimes democráticos mais auto-confiantes do mundo inteiro – com um aparelho diferenciado de poder e a imagem de invencibilidade – dez mil pessoas atreveram a surpreendê-lo, assumindo grandes riscos e em particular sérias consequências para as suas próprias vidas. Uma miscelânia de ações ofensivas, de protesto e de resistência transformou a cimeira dos poderes dominantes num desastre. Um desastre para a marca de Hamburgo, Alemanha e para os mais poderosos dentre deles, cuja reunião mais importante agora tem um futuro imprevisível. [Read More]
França: Três anos após a morte de Rémi Fraisse, a luta nas ZAD continua
Três anos atrás, no dia 25 de outubro de 2014, Rémi Fraisse foi morto pela polícia enquanto participava de uma manifestação em defesa da floresta de Sivens, no Tarn, sul da França. A granada ofensiva que matou Rémi, além de expor ao público local e internacional a letalidade das armas usadas pela polícia francesa, também chamou atenção para a luta pela proteção do vale de Sivens. Foi ali que, durante meses, centenas de pessoas –muitas dos arredores – decidiram transformar seus corpos em barricadas para proteger a zona contra um projeto de barragem que iria favorecer a agricultura intensiva na região. Reproduzindo uma estratégia de resistência contra projetos capitalistas destrutivos que se espalhou no interior da França nos últimos anos, elxs transformaram o Vale de Sivens em mais uma ZAD – leia-se Zona A Defender.
Porto Alegre (RS-Brasil): Rap marca passagem de um mês da ação policial na Ong Parrhesia
Orlando Vitor, da organização não-governamental Parrhesia, produziu um rap para marcar a passagem de um mês da ação policial contra a sede da entidade, localizada na Travessa dos Venezianos, Cidade Baixa, em Porto Alegre. No dia 25 de outubro, ele foi acordado por volta das cinco horas da manhã por um forte aparato policial que participava de uma operação contra grupos anarquistas acusados de formar uma “organização criminosa”. Na ação, Orlando Vitor teve os computadores com os quais trabalhava apreendidos pela Polícia e ainda não conseguiu reaver os mesmos.
Fundada em 2011, a Parrhesia é uma organização não-governamental que atua junto a movimentos sociais nas áreas de direitos humanos, cultura, educação e comunicação popular, premiada em 2013 e 2015 pela Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) por boas práticas em direitos humanos. [Read More]
Porto Alegre (RS-Brasil): Operação Érebo. A caçada contra anarquistas continua
No dia de hoje, 30 de novembro de 2017, a operação policial Érebo novamente atacou aos/as anarquistas. Invadiram algumas casas, roubando coisas e destroçando tudo que estava no seu caminho. Não sabemos muito bem se há mais espaços invadidos. A comunicação está precária já que não sabemos dos níveis da intervenção policial. E esta vez nada foi difundido na mídia.
Ainda quando a tempestade parecia ter se acalmado e não se tinham detidos nem informação sobre a operação, temos a certeza de que eles estão nos procurando. A diferença de outras razias, a operação Érebo parece ir devagar mas sem pausa.
Nós nos mantemos fortes, decididos/as e ainda nestas perseguições, a certeza do amor pela liberdade grita mais forte.
As mostras de apoio e solidariedade não faltam e as diferentes posturas do anarquismo tem se mantido firmes no seu rechaço a autoridade e no seu braço estendido aos/as companheiras/os. Isso nos fortalece.
Que se espalhe a notícia.
Braço estendido aos/as companheiras/os, punho fechado aos inimigos!
Procuremos que viva a anarquia!
[Read More]
Setúbal (Portugal): Relatos de violência policial num domingo de pizzas na A da Maxada
Na tarde de domingo de pizzas na A da maxada dia 19 de Novembro, lá por volta das 18:30 apareceram cinco carros e uma carrinha da polícia . Nós estávamos a fazer e a comer pizza como noutro Domingo qualquer, quando um companheir@ nos diz que estava alguém estranho no portão, a apontar a lanterna e a dizer que era polícia. Nesse mesmo momento vimos cair um calhau vindo do lado da rua que por nossa sorte não atingiu ninguém (o calhau tinha uma dimensão de quase 20cm). Neste momento reparámos que a polícia já estava na porta de cima. Percebemos que estavam muito agressivos e perguntamos porque é que estavam ali e o que é que se passava. Eles só diziam “abre a porta, abre a porta” e logo de seguida decidiram entrar ao pontapé, partiram a fechadura e a porta abriu violentamente batendo na cara de um companheir@ abrindo-lhe um lenho na testa. Mais companheiro@s protegeram a porta barricando-a, telefonámos rapidamente para o advogado a dizer o que se estava a passar. [Read More]
Belo Horizonte (MG-Brasil): Nova retomada de terras indígenas na região metropolitana
Nesta quinta-feira, dia 2 de novembro de 2017, mais de 20 famílias indígenas iniciaram uma retomada de terra na região metropolitana de Belo Horizonte, próximo ao município de Mario Campos. As margens do rio Paraopeba, próximo a um acampamento do Movimento Sem Terra, xs indígenas ocuparam uma reserva afim de preservá-la e garantir sua sobrevivência.
Porto Alegre (RS-Brasil): Quando a anarquia incomoda. Comunicado da Biblioteca Kaos diante da perseguição contra anarquistas
Há muitas coisas para falar, mas iremos pelo mais urgente. O 25 de outubro começou uma perseguição anti-anarquista contra a FAG [Federação Anarquista Gaúcha], o Parhesia, a ocupação Pandorga e algumas individualidades que tiveram espaços e moradias invadidas pela polícia. Se não toda, provavelmente uma boa parte da diversidade anarquista foi atingida e várixs deles se pronunciaram desde suas concordâncias, com firmeza, diante da repressão. E isso é vento fresco que fortalece a todo aquele que se sinta em sedição.
Fica evidente que a mira dos agentes da repressão também aponta contra nós, contra as publicações que fizemos ou nas quais participamos. E é sobre isso que vamos a nos pronunciar. A cronologia da Confrontação Anárquica, tanto aquela que recolhe informação desde o 2000 até o 2015, quanto aquela que recolhe o acionar anárquico do 2016, são os livros que estão exibindo como “provas” de vandalismo, ataques, e atos criminosos. Dentre as múltiplas formas de procurar a liberdade que tem o anarquismo, esses livros falam da informalidade anárquica como um opção de acordo com o rosto da dominação atual. Ainda mais, esclarecemos que estes livros falam de ações que não são anarquistas só. O foco dos livros é a difusão de ações anárquicas. Para ser mais precisos, se difundem ações nas quais nós sentimos o aroma da anarquia. E entre o anarquismo e a anarquia há diferenças que podem ser delicadas mas que são importantes. [Read More]