Chania (Creta-Grécia): Solidariedade com a okupa Rosa Nera

Não faltam os hotéis de Creta. Faltam os espaços livres.

Durante os últimos anos todos os governos realizaram várias campanhas de eliminação dos espaços autogestionados e livres. O que querem conseguir é que nos encontremos só em nossas casas, nas cafeterias, nos bares e nos centros comerciais. Quer dizer, que querem que sejamos só consumidores e clientes. Por conseguinte, a ofensiva que está recebendo a okupa Rosa Nera em Chania não é fortuita.

O edifício da okupa pertence à Escola Politécnica de Chania, e faz treze anos constitui um lugar de luta e cultura emblemático, cobrindo também necessidades de teto. Em suas instalações as pessoas incansáveis que se esforçaram por dar vida ao edifício criaram um teatro, uma biblioteca e sala de leitura, um espaço de apresentações (de criações artísticas), um parque de crianças, uma oficina de construções, um espaço em que se celebra um bazar de artigos doados , um forno de produção de pão artesanal, e um café.

Nestes treze anos foram organizados centenas de eventos, concertos, apresentações, debates, oficinas, festas, cafés de apoio de coletividades e de ações. Todos tiveram um carácter antimercantilista. Recentemente se soube que o reitor da Universidade de Creta, Basilio Digalakis, no marco da expropriação da fortuna da Universidade convocou um concurso com o fim de converter em hotel o edifício da okupa. Das vistas preciosas desde a colina de Kasteli, onde se encontra a okupa, poderão desfrutar só os que tem o bolso cheio. [Read More]

Setúbal (Portugal): Comunicado da C.O.S.A. em luta!

Comunicado da C.O.S.A. (Casa Okupada de Setúbal Autogestionada) em luta!

Pedimos desculpa àquelxs que já se questionaram sobre isso devido à nossa falta de comunicação.

Continuando do ponto que fizemos com o último comunicado, o processo judicial que visa o despejo da C.O.S.A. [Casa Ocupada de Setúbal Autogestionada], e ao qual nós decidimos apresentar defesa, teve no dia 28 de Abril uma audiência prévia.

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Fraguas (Castilla la Mancha): projeto de okupação rural comunitário ameaçado de desalojo

Para todos que não conhecem Fraguas, trata-se de um projeto de okupação rural comunitário da serra norte de Guadalajara (Estado espanhol). Desde a primavera de 2013 está reconstruindo as ruínas do antigo povoado de Fraguas (que já foi destruído e esvaziado a consciência.) Cremos e lutamos pela comunidade, o autogoverno, a auto-suficiência e a autogestão.

Desde que chegamos fomos “convidados” a abandonar nossos sonhos por agentes do meio ambiente e guardas civis com ameaças e multas, alguns de nós arcamos com milhares de euros em multas. Em junho de 2015 fomos chamados a declarar 6 pessoas ao Tribunal de Instrução Nº 4 de Guadalajara, acusados de usurpação de monte público. Nos dias de hoje dão uma nova reviravolta ao processo, adicionando em seu escrito de acusação os delitos contra a ordenação do território e danos, ameaçando com a demoli&c cedil;ão das casas que agora estão em pé. No total, pedem a cada um de nós 600 euros como pena-multa por usurpação, 2 anos de cárcere pelo delit o contra a ordenação do território, mais 2.250 euros por este delito e 2 anos de cárcere por danos e mais 26.779,17 para sufragar a demolição. Após haver recebido os escritos de acusação estamos pendentes de que nos notifiquem a data do julgamento oral. [Read More]

Porto Alegre (RS-Brasil): Flores do Mal

Um relato sobre a Biblioteca Kaos, a família Chaves Barcellos Wallig e a gentrificação de Porto Alegre.

Recentemente, a Biblioteca Anárquica Kaos ocupou uma casa abandonada há décadas no Centro Histórico de Porto Alegre. O imóvel, assim como um conjunto de imóveis que o cercam, pertence a uma das famílias mais ricas e tradicionais da capital os Chaves Barcellos / Wallig¹. Embora as construções sejam tombadas, seus proprietários planejam demolí-la para ali fazerem novos empreendimentos. Isso explica o abandono dos imóveis, pois como é proibido demolí-los, seus donos simplesmente os abandonam até que caiam pela ação do tempo.

O pai, João Wallig Filho, pretende construir ali um edifício garagem, enquanto seu filho, o arquiteto João Felipe Chaves Barcelos Wallig quer fazer um complexo de contâineres, com restaurantes vegetarianos, feira orgânica e outras coisas destinadas ao público jovem. Nenhum dos projetos pretende preservar as construções históricas. [Read More]

Porto Alegre (RS-Brasil): Novo espaço da Biblioteca Kaos

Ocupamos de novo! A Biblioteca Kaos tem novo espaço.
O domingo 12 de março entramos na casa da Rua Coronel João Manoel 641, antes o morro da formiga. Casa que estava abandonada faz três anos, no meio do centro histórico de Porto Alegre, e que é parte das heranças de duas das famílias mais burguesas, donos da cidade faz séculos: Chaves Barcellos e Wallig.

Temos a absoluta certeza de que estamos incomodando os poderosos que já apareceram para nos ameaçar e muito risivelmente para nos convidar a ser parte dos seus projetos de capitalismo alternativo. Nossa resposta é uma só: somos ocupas, anarquistas, e com a burguesia não temos conversa nenhuma.

Para nossa surpresa e alegria, a vizinhança apoia totalmente a ocupação porque vieram que poucas pessoas arrumaram um espaço que faz anos estava sem uso. A interação com eles foi uma clara atitude de solidariedade e iniciativa não só nas palavras mas sobretudo na ação, participando pouco a pouco da limpeza do lugar e apoiando com sua presença em algumas das visitas dos donos.
Depois das ameaças dos Burgueses de nos jogar pra fora com seus capangas e pitbulls, as galera das outras okupas da cidade chegaram para nos fazer sentir sua solidariedade e ajuda.
Neste momento ainda estamos na briga pelo espaço mas nossa decisão desde o início é permanecer sem negociação, nem jurídica nem verbal com os proprietários. A ocupação é uma pratica subversiva que não pode ser engolida pelas normas de propriedade imobiliária, é a resposta efetivas à acumulação absurda da terra em mão de uns poucos privilegiados. Nossa determinação diante disto é clara: casa abandonada, casa ocupada.
Mandamos nosso salve à Solidaria que enfrentam um desalojo nestes próximos dias, compas um desalojo, outra ocupação!!! Aos compas das Okupas, na Gracia, à okupa Nadir, e CCF, compas seguimos! Às Bibliotecas Flecha Negra na Bolivia, Sacco e Vanzetti e Sebastian Oversluij no Chile, e a todos os espaços autogestionados na procura da anarquia.
Desde um novo espaço, aqui seguimos onde sempre estivemos: na procura da liberdade e contra toda autoridade!
Nos próximos dias difundiremos os horários e atividades da biblioteca. [Read More]

São Paulo (Brasil): Dezenas de prédios são ocupados na luta pela moradia e em solidariedade ao movimento contra a PEC 241

No último domingo à noite, uma dezena de prédios foram ocupados em São Paulo numa ação coordenada pelos movimentos sem-teto, dos quais participam a FLM (Frente de Luta por Moradia) e o MMPT (Movimento de Moradia Para Todos).

Além da luta pela moradia, essa ação conjunta foi realizada em solidariedade ao atual movimento contra a política de austeridade do governo Temer. Atualmente, são mais de 1200 escolas e uma centena de universidades que estão ocupadas contra a PEC 241, projeto de emenda constitucional que prevê congelar os investimentos em saúde e educação nos próximos vinte anos.

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Rubí (Catalunha): Comunicado da Horta Comunitária el Mirlo

[A seguir, comunicado da Horta Comunitária el Mirlo, em resposta às repetidas ofensivas que estão recebendo por parte do banco BBVA.]

No mês de maio passado, liberamos um terreno localizado em frente ao Ateneu Anarquista La Hydra, cidade de Rubí (c/ Prim 49), cujo proprietário é a entidade bancária BBVA.

O objetivo desta okupação é criar uma horta comunitária na qual, em um futuro próximo, xs vizinhxs possam ter um espaço para cultivar, de maneira autogerida e respeitando a natureza, seus alimentos, como forma de recuperar a nossa soberania alimentar. Assim, durante estes meses temos dedicado nossos esforços em limpar o terreno e começar a cultivá-lo.

Nestas últimas semanas estamos diante de uma situação que está ameaçando e impedindo nossa atividade no terreno, motivo pelo qual queremos fazer pública esta denúncia. O banco BBVA, que continua a ser um participante na especulação de centenas de milhares de moradias e que continua até hoje expulsando e desalojando a centenas de milhares de pessoas de suas casas, está usando de artimanhas questionáveis enviando seus asseclas para destruir o nosso projeto. [Read More]

Barcelona (Espanha): Voltaremos ao Banc – Texto escrito após o despejo da ocupação El Banc

Este texto foi escrito logo após o despejo da ocupação El Banc Expropriat, no bairro de Gracia, em Barcelona. O despejo foi realizado no dia 23 de maio de 2016, após um conflito de cerca de 10 horas entre a polícia e xs ocupantes. O espaço estava ocupado desde outubro de 2011. O texto foi traduzido a partir da versão original, em catalão.

Anteontem, dia 23 de Maio, expulsaram El Banc Expropiat, depois de mais de 160 dias de resistência (mais de 100 durante a primeira campanha e, desta vez, 87 dias). [Read More]

São Paulo (Brasil): Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto ocupa prédio da Presidência da República e faz o governo recuar.

Centenas de pessoas ocuparam hoje parte do prédio da Presidência da República, localizado no centro de São Paulo, durante ato organizado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) contra o corte de verbas destinadas à moradia social e contra a suspensão do programa Minha Casa Minha Vida pelo governo Temer.

O ato, que ocorreu na Avenida Paulista, foi também contra a ação da Polícia Militar, que no domingo passado retirou os sem-teto que estavam acampados nas proximidades da residência de Michel Temer para protestar contra seu governo.

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Belo Horizonte (MG-Brasil): Toda solidariedade com a Ocupação feminista Tina Martins ameaçada de despejo.

No último dia 08 de março, o movimento feminista Olga Belnário ocupou um prédio abandonado no centro de Belo Horizonte. As ocupantes exigem que o prédio seja desapropriado e transformado em Centro de referência para mulheres vitimas de violência. Desde então, o prédio se tornou local de moradia para dezenas de mulheres, recebendo diariamente reuniões, assembleias e encontros culturais e políticos além de funcionar como abrigo e centro de atendimento psícologico para cerca de 200 mulheres em situação de rua ou de violência.

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