Com a vitória do candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro para presidência, os tempos anunciam um crescimento da repressão e violência contra sem-terra, indígenas, ocupações e contra todos os territórios e espaços conquistados através das lutas sociais. De fato, o ex-capitão do exército sempre demonstrou sua proximidade com os latifundiários da bancada ruralista e lobbies do agronegócio, se colocando como representante e porta-voz de seus interesses.
Rio de Janeiro (Brasil): Indígenas e apoiadores fazem ato em julgamento da Aldeia Maracanã
Lideranças e apoiadores da causa da Universidade Indígena Aldeia Maracanã realizaram um ato nesta terça-feira (18/12), após o julgamento de um das ações judiciais envolvendo a posse do território indígena, que fica no bairro do Maracanã, zona norte do Rio. A sessão aconteceu por volta das 13h no Tribunal Federal da 2ª Região, na Rua do Acre, 80, no centro da cidade, e terminou sem decisão. Um dos desembargadores responsáveis pelo processo, Aluísio Mendes, pediu o adiamento da votação, após o Ministério Público Federal se posicionar a favor da demanda dos indígenas, apontando uma série de ilegalidades na atuação do governo do Estado do Rio em relação ao caso.
Curitiba (PR – Brasil): Repressão policial e incêndio criminoso na Ocupação 29 de março
“Eles chegaram correndo e marchando igual exército, todos encapuzados, depois disso, a favela virou cinza”, denunciou um dos moradores da ocupação 29 de Março, que fica no bairro de Vila Corbélia, Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Ao todo, aproximadamente duzentas casas se perderam no incêndio, que aconteceu entre o fim da noite de sexta-feira (7/12) e a madrugada deste sábado (8/12). Em todos os relatos dos moradores, o começo do fogo é atribuído à ação da polícia militar do Paraná.
Rio de Janeiro (Brasil): Forças Armadas removem famílias na Favela Maracajás
Na terça-feira, 13 de novembro, a Aeronáutica, a Polícia Militar Estadual e a Guarda Municipal trabalharam em conjunto para remover seis famílias da comunidade de Maracajás, na Ilha do Governador, próximo ao Aeroporto Internacional do Rio, na Zona Norte.
A remoção ocorreu, aproximadamente, um ano depois que a comunidade enfrentou sua primeira grande ameaça de remoção, o que deixou os moradores em um estado de medo constante. [Read More]
Duartina (SP-Brasil): Camponeses ocupam fazenda
Cerca de 220 camponeses sob a direção da União Nacional Camponesa (UNC) ocuparam a Fazenda Esmeralda em Duartina, município de São Paulo no dia 20 de novembro. Segundo o monopólio de imprensa, os camponeses reivindicam a desapropriação da Fazenda Esmeralda e de outra área, a Fazenda Santo Antônio em Bauru.
Rio de Janeiro (Brasil): Policiais invadem encontro indígena na Aldeia Maracanã
No último dia 19/11, um grupo de três policiais à paisana (“P2”), armados, foi identificado na Aldeia Maracanã. Antes de serem visto com as armas, o trio já havia levantado suspeitas, sendo flagrado tirando fotos sem autorização e interrogando de forma ameaçadora um grupo de universitários. A invasão policial ocorreu no penúltimo dia do Coirem 2018 – Congresso de Intercultural de Resistência Maraka’nà, evento dedicado a denunciar a violência de Estado sofrida pelos povos tradicionais no Brasil e no mundo.
Rio de Janeiro (Brasil): Militarização e resistência nas favelas e periferias
Reproduzimos aqui esta entrevista publicada originalmente no site Cartografia Noturna.
“Nós por nós”: militarização e resistência nas periferias do Rio de Janeiro
Há 5 anos atrás, em julho de 2013, o desaparecimento de Amarildo de Souza, pedreiro e morador da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, durante uma operação de repressão policial, suscitou uma onda de indignação no Brasil inteiro. Em março de 2018, o assassinato da vereadora Marielle Franco em pleno centro da cidade, que acabou de completar 7 meses, gerou uma nova onda de indignação pelo país. Estes dois crimes revelam os desafios enfrentados por aqueles que se organizam para combater a violência do Estado nas periferias do Rio de Janeiro. Durante os cinco anos que os separam, a violência policial nas favelas cariocas se intensificou drasticamente, agora com a presença sistemática do Exército nas comunidades. Por outro lado, diversos movimentos se consolidaram nestes territórios, juntando forças e construindo ferramentas para enfrentar esta violência.
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Porto Alegre (RS-Brasil): Polícia invade Quilombo Lemos e ameaça moradores
Na manhã desta quarta-feira (07 de novembro) policiais da Brigada Militar fortemente armados invadiram o território do Quilombo Lemos em Porto Alegre e ameaçam os moradores do local. O quilombo é localizado na Avenida Padre Cacique número 1250 e é ocupado desde os anos 60.
A pedido do Asilo Padre Cacique policiais da Brigada Militares, mascarados, entraram no terreno ameaçando moradores e exigindo a saída das famílias que moram no local há 50 anos. Os policiais chegaram a cortar a água e a luz dos quilombolas. Estes resistiram e conseguiram a suspensão da operação, devido ao não cumprimento do protocolo de reintegração de posse e irregularidades no processo.
Salvador (BA-Brasil): Leilão de terrenos favorece especulação imobiliária e gentrificação
Leilão de terrenos favorece especulação imobiliária e gentrificação no Centro Antigo de Salvador
Mais um caso de especulação imobiliária no Centro Antigo de Salvador. No dia 24/10/18, dois terrenos localizados no Bairro 2 de Julho, com vista privilegiada para a Baía de Todos os Santos, serão leiloados, após anos de abandono e degradação. Há um temor de que os terrenos sejam destinados para a construção de empreendimentos de alto padrão, já que esse projeto existe desde 2012. Isso fortaleceria projetos de elitização da área, inclusive a partir da atuação do poder público, que pode impactar inquilinos, ocupantes e trabalhadores de baixa renda. Os moradores do bairro, assim como os movimentos de defesa do direito à cidade, defendem que os terrenos sejam utilizados para atender parte da demanda social da comunidade.
Catalão (GO-Brasil): Estudantes ocupam reitoria da UFG por moradia
Estudantes de Catalão ocuparam, nesta quarta-feira, a reitoria da UFG, no Campus Samambaia, e prometem só desocupar com o início das obras para a Casa do Estudante na UFCAT. A reitoria ainda não autorizou os trabalhadores a deixarem o prédio.
Segundo os estudantes, a UFG teria prometido destinar as verbas de 2018 para a construção da CEU no Campus de Catalão em detrimento das verbas de 2017, que seriam usadas para outros fins. Isso tudo quando a UFCAT ainda era uma regional da UFG. Os estudantes afirmam ainda que a regional sempre foi negligenciada em questão de verbas para construção, por se tratar de um Campus “do interior”.