Belo Horizonte (Brasil): projeto do livro “Casa Encantada”

Olá camaradas! Nós da ocupação Kasa Invisível, em Belo Horizonte, Brasil, desejamos a todos um feliz ano novo de luta, solidariedade e muita construção revolucionária.

Escrevemos para amigos e cúmplices de diversas partes do globo, que conhecemos na estrada, que corresponderam conosco, que visitamos ou que visitaram nossa ocupação, para anunciar a campanha que estamos organizando na plataforma FireFund para lançar o livro “Casa Encantada”. O livro documenta 20 ocupações autônomas em Belo Horizonte, a maioria surgida durante a pandemia. Espero com essa campanha poder traduzir ele para quatro idiomas e fazer uma turnê e lançamento em cidades no Brasil e na Europa em 2024. [Read More]

Ljubljana: Mačjak ameaçado de despejo

A seguir, comunicado de imprensa emitido em 31 de julho por Mačjak, o espaço anarcha-queer ocupado em Ljubljana, Eslovênia. O festival contra o despejo será realizado em 15 de agosto de 2023.

Após pouco mais de um ano de trabalho e atividade para o espaço conhecido como Mačjak, nos deparamos com um aviso de despejo que entrará em vigor em 1º de agosto.

O Mačjak sempre foi imaginado como um local temporário para a comunidade anarcha-queer aqui em Liubliana para explorar seus meios e desejos. Essa foi a nossa chance de experimentar a ocupação pela primeira vez, depois de 16 anos de ocupação política em nossa cidade. A maioria de nós, que iniciamos o projeto, fomos despejados em janeiro de 2021 da fábrica autônoma ROG (ocupada em 2006) e nos mudamos para um espaço compartilhado da A-Infoshop (estabelecida em 2003) em Metelkova (ocupada em 1993). Precisávamos ver o que poderíamos fazer por nós mesmos e o que realmente queríamos para nós – o que queríamos inicialmente era uma pequena garagem para abrigar nossos projetos artísticos e políticos, mas esse espaço inicial já estava, na verdade, ocupado por pessoas sem-teto. Assim, ocupamos parte de um pequeno prédio que havia sido completamente saqueado. Não era possível nem ver o chão, quanto mais deitar nele. Achamos que era um lugar agradável. Não havia eletricidade, mas conseguimos ligar a água. No primeiro verão, limpamos as paredes, o piso e preenchemos os buracos onde os cabos elétricos haviam sido arrancados. Consertamos as portas. Logo se tornou um lugar para passar o tempo e convidamos outros grupos para se reunirem aqui. Rapidamente se tornou um local onde podíamos trabalhar e festejar, onde podíamos nos sentir seguros, embora o local tivesse sido atacado algumas vezes. Tornou-se um lugar onde podíamos construir nossa comunidade e nutrir a resistência Anarcha. [Read More]

Terriório Alto Turiaçu, Maranhão (Brasil): três dias de marcha pelo bem conviver na floresta


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Presidente Médici, Maranhão (Brasil): Não à mineração e ao agronegócio em nossos territórios!

Nós, povo Ka’apor, realizamos nosso 3° Encontro de Governança e Autodefesa no município de Presidente Médici-MA, nos dias 28, 29, 30/04 e 01/05. Encontros para rever e organizar nosso Plano de Autodesa e proteção coletiva; organização e fortalecimento de nossa luta para preservar nosso território e a natureza.

Todos participam e decidem o que fazemos.
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Lisboa: companheira despejadas ontem no Braço de Prata

Jantar Benefit Okupa Braço de Prata, Disgraça, Rua da Penha de França 217 B, Lisboa.

Ontem dia 23 de fevererio mais uma casa abandonada à que um grupo de pessoas tinha devolto à vida foi despejada sem ordem do tribunal. Os supostos proprietários do prédio, situado no Braço de Prata e que se encontrava abandonado e em processo de degradação, apareceram por volta das 5pm com a polícia ao perceber que havia pessoas a morar ali. Depois duma tentativa falida de negociação com a propriedade, uma pessoa que se encontrava no local saiu ao exterior para passar uma ligação dum advogado a um agente da polícia. Os agentes identificaram esta pessoa e não devolveram o passaporte. A conversa sobre a devolução do passaporte acabou com a detenção de esta companheira, momento em que os agentes da polícia e os donos foram embora para a esquadra n. 14 de Chelas. Uma vez lá, os companheiros que foram apoiar não obtiveram informações sobre de que era acusada a companheira ou quando poderia ser libertada. Ao serem perguntados sobre a necessidade de apresentar uma ordem de despejos, os agentes disseram que ocupar é um delito e não é necessária ordem do tribunal. [Read More]

Atenas: Zizania, novo centro social ocupado

Bem vinda à Zizania, centro social ocupado em Victoria, na Fylis e Feron. Que seja um espaço da vizinhança para auto-organização, intervenções sociais, resistência coletiva e construção comunitária. Vamos nos encontrar nesse espaço para compartilhar pensamentos, comida, café, roupas e o que mais a gente possa imaginar. Para trocas livres e cortes de cabelo gratuitos, para exibições, para aprender e ler, para oficinas e encontros/reuniões/assembleias. Vamos celebrar esse espaço como um passo na direção de mais espaços públicos, vamos fazer o melhor dessa oportunidade, já que somos quem molda e assume nossas lutas e não devemos depender nem de outras pessoas, nem de instituições, nem de melhores condições para fazer isso.

Com a Zizania nós miramos em primeiro lugar criar um espaço de respiro do racismo, sexismo, capitalismo e violência do estado e da sociedade. Nós vislumbramos um espaço de interação e troca entre pessoas de diferentes histórias, origens, identidades e idades, que falem línguas diferentes e tenham opiniões diferentes. Essas são condições que nós devemos criar e concretizar juntas, através de encontros, fortalecendo as relações dentro e entre nossas comunidades e conectando nossas lutas. Por muito tempo nós estivemos apenas sonhando sobre alguma coisa assim – com certeza não éramos as únicas pessoas – e agora queremos agir. Nesse espírito, te convidamos a trazer suas questões, ideias, iniciativas, e lutas para discutir como podemos construir esse espaço juntas. [Read More]

Amsterdã: relatório da ação de ocupação do dia 8 de março


Hoje, em homenagem ao dia 8 de março, nós do Grupo Anarcha-Feminista de Amsterdã, organizamos uma ação de ocupação acompanhada de uma manifestação. Por questões de segurança, ela foi organizada silenciosamente, com chamadas sendo compartilhadas em canais privados. Apesar disso, mais de 60 camaradas vieram apoiar nossa ação! 3 faixas (“Liberdade para a vida da mulher”, “Trabalho sexual é trabalho”, “Destrua o patriarcado, lute contra o capitalismo, destrua o estado”) foram lançadas acompanhadas de sinalizadores das janelas do prédio ocupado. A polícia esteve presente, mas ninguém foi preso.

Nossa declaração política:

Somos informados de que não há casas suficientes para todos, que não há espaços suficientes para os refugiados e imigrantes que vêm para cá, fugindo das guerras imperialistas e das economias destruídas pelo (neo) colonialismo. É inaceitável que a mídia culpe a imigração pelo fato de que todos parecemos lutar para encontrar um lar. Este é um exemplo de imigrantes e refugiados sendo usados como bode expiatório.
Não há problema de falta de espaço, não há “crise habitacional”, o único problema é a distribuição desigual da riqueza. O problema é o capitalismo.
Estamos sendo empurrados para fora de nossa cidade pelo aumento dos preços dos aluguéis e pela gentrificação. As habitações sociais estão sendo vendidas de forma privada e a falta de moradias populares significa que a classe trabalhadora é forçada a deixar a cidade. Mesmo pessoas com profissões essenciais, como professores, assistentes de saúde e assistentes sociais são forçadas a se mudar. As pessoas lutam para pagar seus aluguéis, enquanto os especuladores têm liberdade para fazer o que quiserem. Alguns investidores privados têm centenas de casas, por exemplo, o príncipe Bernhard tem mais de 600 casas, e o proprietário deste edifício, Anthonie Mans, possui mais de 100 outras propriedades na Holanda. As listas de espera para a habitação social são ridículas e podem levar de 8 a 14 anos para as pessoas conseguirem uma vaga. Mas, para cada morador de rua, estima-se que haja 750m² de espaço vazio em Amsterdã. [Read More]

Holanda: “Het Schip” ocupação queer feminista inaugurada em Amsterdam

Há cerca de duas semanas, uma casa em Kinkerbuurt foi novamente ocupada. O prédio ficou vazio por mais de um ano depois que os ocupantes anteriores foram convidados a se retirar, pois supostamente seria demolido e substituído por quatro apartamentos de luxo. O reassentamento foi feito silenciosamente e depois de alguns dias os policiais reconheceram a paz doméstica dos ocupantes.

Uma mensagem dos ocupantes:
Somos contra o Estado, o patriarcado, a violência policial, o capitalismo e todas as formas de hierarquia e opressão. Vamos nos defender, e nosso direito de existir e viver da maneira que queremos. A gentrificação é um ataque direto às nossas comunidades, nosso sustento e nossa liberdade de estar na cidade. Somos queer, feministas, antifascistas e estamos cansadas dessa merda. Nossos espaços livres estão sob ataque em todos os lugares e não ficaremos assistindo em silêncio sua destruição. A hora de ocupar, resistir e atacar é agora. A pandemia teve um efeito desproporcionalmente negativo sobre a classe trabalhadora, mulheres, pessoas queer, BAME e outros grupos marginalizados. Não nos deixaremos ser o dano colateral desta crise. Nós cuidamos de nós. Somos solidários às mulheres e às pessoas queer em todos os lugares, lutando contra o capitalismo e o patriarcado. Solidariedade aos nossos vizinhos da Liebig34. Nosso movimento é internacional, não pode ser despejado pelo Estado ou contido dentro das fronteiras nacionais. [Read More]

Espanha: Okupação, o fantasma sobre a mesa

“Não tenho certeza qual é o fatal segredo“, Mathilde no Castelo de Otranto

A recente campanha da mídia contra a ocupação de casas não foi a primeira, mas uma das mais intensas dos últimos tempos. Seu lançamento, na véspera de uma provável intensificação do conflito habitacional, não parece ser uma coincidência. A crise econômica e sanitária colocou os setores envolvidos em alerta, e isto parece ser um primeiro movimento de um dos lados. Esta campanha está começando a ter respostas, especialmente sob a forma de artigos e redes sociais. Nessas respostas, foi relatado que o fenômeno da ocupação de casas é menos difundido do que a mídia sugere com um tom alarmista. Os dados e estatísticas reforçam este relatório. Além disso, houve críticas, com razão, de que a okupação está sendo deliberadamente confundida com arrombamento de casas. Finalmente, foi feita uma tentativa de reorientar o debate sobre o problema do acesso à moradia, que é a principal causa da ocupação da propriedade.

A tensa situação de calma que estamos vivendo parece ser o prelúdio para um maior conflito social, também em torno da questão com a qual estamos lidando. É por isso que as respostas defensivas são essenciais, mas seria melhor tentar ir um pouco mais longe e tomar a iniciativa no conflito, para isso pode ser útil examinar aspectos menos visíveis ou menos explorados. Além disso, diante de campanhas deste tipo, os dados e estatísticas geralmente são apenas meio úteis, porque o que está em jogo aqui é se ocupar ou não casas e instalações é legítimo. [Read More]

Madrid: Parada a primeira tentativa de desalojo do Ateneu Libertário de Vallekas. A luta segue

Em 16 de setembro passado se voltou a deixar claro que a solidariedade e a ação direta é a melhor arma que dispomos como meio de defesa frente ao Estado e a repressão. Por volta de 150 pessoas de Vallekas e outros bairros da cidade se plantaram na porta do Ateneu Libertário de Vallekas para impedir o desalojo do espaço. Não se trata só do desalojo de um espaço, é a defesa da ocupação como ferramenta de luta na guerra social, como ferramenta para criar com nossas próprias mãos, a margem de partidos e instituições, espaços de luta, encontro e aprendizagem.

E o conseguimos graças a todos e a todas. Contamos com uma pequena exibição de jornalistas, vans da polícia municipal e o delegado do distrito. Devido à fluência de solidárias, a secretaria judicial não teve outro remédio senão passar direto. Agora, qualquer dia e sem aviso prévio, o Ateneu pode ser desalojado. [Read More]